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Sem-abrigo recorrem às salas de espera das urgências para passar a noite

por Gonçalo Costa Martins - Antena 1

Foto: António Antunes - RTP

São cada vez mais as pessoas, em situação de sem-abrigo, a recorrer às urgências para passar a noite nas salas de espera. O alerta é feito por vários hospitais da Grande Lisboa, que pedem um reforço das respostas sociais, fora do contexto hospitalar.

Em causa, estão pessoas que perderam a casa onde viviam por dificuldades financeiras.

Estas pessoas dirigem-se às urgências não por motivos médicos, mas para ter acesso a comida, higiene, e em busca de um tecto.

Uma situação que se verifica já nos hospitais de São José, Santa Maria, São Francisco Xavier, em Lisboa, assim como no Amadora-Sintra.

As unidades do SNS avisam que esta situação provoca constrangimentos, ao nível da sobrecarga dos espaços, podendo afetar o conforto de utentes e profissionais, o uso inapropriado dos serviços ou más condições de higiene.
"Não respondem e abandonam" a urgência

Ouvida pela Antena 1 esta manhã, a diretora do Serviço Social da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra diz que as pessoas sem abrigo acabam por sair do hospital após a triagem e antes do atendimento médico.

Depois da triagem, "há a identificação de que é uma situação de sem abrigo", é sinalizado o serviço social e "vimos a perceber que não recorre por necessidade de saúde", mas antes para "pernoita, fazer uma higiene e comer alguma coisa", afirma Adélia Gomes.
Muitas situações já são conhecidas no Hospital Amadora-Sintra. Enquanto aguardam para serem atendidos, recebem alguma comida. 

Adélia Gomes descreve também que nem sempre é fácil convencer as pessoas em situação de sem abrigo a usar as respostas que já existem.

Também a coordenadora do Serviço Social da ULS de São José deu conta do aumento deste fenómeno.

Ana Ribeiro detalha os dados que existem sobre este aumento da procura das salas de espera para pernoitar

Como uma possível causa a coordenadora do Serviço Social do São José diz que este aumento pode estar associado à falta de habitações a um preço acessível.






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