País
"Seria criminoso não tentar salvar a recém-nascida"
O diretor do serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria, Luís Graça, elogiou hoje a equipa do INEM que realizou a cesariana de emergência no IP6 e salientou que seria criminoso não tentar salvar o bebé.
No sábado, os técnicos do Instituto de Emergência Médica (INEM) realizaram uma cesariana a uma mulher de 23 anos, grávida de oito meses, que morreu num acidente rodoviário no IP6, perto de Peniche. A criança estava internada na Maternidade Alfredo da Costa, na Unidade de Cuidados Intensivos, mas não resistiu à "asfixia grave sofrida até ao parto", falecendo esta madrugada.
"Quando uma grávida perto do termo está em paragem cardio-respiratória que não é reversível deve-se tirar o bebé enquanto está vivo e no intervalo de tempo o mais curto possível depois da morte materna", explicou o obstetra Luís Graça, em declarações à agência Lusa.
O médico sublinha que a obrigação dos médicos é retirarem o bebé enquanto ele tem "probabilidades de nascer vivo e sem sequelas neurológicas". "Por cada minuto que passa após a morte materna, maior é o risco de
deterioração neurológica", frisou.
O responsável pela obstetrícia do Santa Maria considerou que a equipa do INEM cumpriu a sua obrigação e fez o que tinha a fazer: "Seria criminoso se não o tivessem feito. Devemos dar-nos por muitos satisfeitos por termos um serviço como o INEM, que agiu como e quando deveria".
Segundo Luís Graça, este tipo de casos é "raríssimo", mas os médicos devem sempre tentar salvar o bebé após a morte da mãe, tendo sempre em conta um limiar de viabilidade de 26 ou 28 semanas de gestação.
A mulher que se despistou no IP6 entrou em paragem cardio-respiratória e os médicos realizaram a cesariana que permitiu retirar o bebé com vida, que foi depois transportado de helicóptero para o Santa Maria. Mais tarde, o bebé foi enviado para a neonatologia da Maternidade Alfredo da Costa, onde faleceu esta madrugada, não resistindo às lesões graves.
"Quando uma grávida perto do termo está em paragem cardio-respiratória que não é reversível deve-se tirar o bebé enquanto está vivo e no intervalo de tempo o mais curto possível depois da morte materna", explicou o obstetra Luís Graça, em declarações à agência Lusa.
O médico sublinha que a obrigação dos médicos é retirarem o bebé enquanto ele tem "probabilidades de nascer vivo e sem sequelas neurológicas". "Por cada minuto que passa após a morte materna, maior é o risco de
deterioração neurológica", frisou.
O responsável pela obstetrícia do Santa Maria considerou que a equipa do INEM cumpriu a sua obrigação e fez o que tinha a fazer: "Seria criminoso se não o tivessem feito. Devemos dar-nos por muitos satisfeitos por termos um serviço como o INEM, que agiu como e quando deveria".
Segundo Luís Graça, este tipo de casos é "raríssimo", mas os médicos devem sempre tentar salvar o bebé após a morte da mãe, tendo sempre em conta um limiar de viabilidade de 26 ou 28 semanas de gestação.
A mulher que se despistou no IP6 entrou em paragem cardio-respiratória e os médicos realizaram a cesariana que permitiu retirar o bebé com vida, que foi depois transportado de helicóptero para o Santa Maria. Mais tarde, o bebé foi enviado para a neonatologia da Maternidade Alfredo da Costa, onde faleceu esta madrugada, não resistindo às lesões graves.