Sinais de solidão e de tristeza de Valentina nunca fizeram soar alarmes

Valentina morreu abandonada. Por tudo e por todos. De toda a tragédia que chocou o país, na segunda semana de desconfinamento, esta é a maior verdade.

RTP /
A Presidente Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em risco não explica por que razão a CPCJ de Peniche arquivou o processo desta criança aberto no ano passado, na sequência de uma fuga num dos primeiros fins de semana que passou em casa do pai.

O Sexta às 9 reconstituiu a vida de Valentina desde que nasceu até ao dia em que foi assassinada.

Os documentos oficiais, a que tivemos acesso, comprovam que Sandro Bernardo sempre rejeitou a filha. Os contactos só começaram quando Valentina tinha oito anos.

E provam ainda que a mãe, Sónia Fonseca, contrariou o acordo de responsabilidades parentais ao entregar a criança um mês e uma semana aos cuidados do pai, carregado de antecedentes.

A CPCJ nunca percebeu nada de anormal, a escola também não, mas a polícia Judiciária desvendou este crime em apenas quatro dias.

Quatro dias que chegaram para desmontar uma farsa, mas não para salvar uma vida.
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