Sindicato afirma que 28 ambulâncias do INEM pararam hoje por falta de técnicos

por Lusa

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (STEPH) afirmou hoje que 28 ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estão hoje paradas por falta de técnicos.

"O dia em que se comemoram 50 anos de democracia e liberdade é também um dia negro para o INEM: 28 ambulâncias estão hoje encerradas por falta de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. São milhares de portugueses sem acesso a cuidados de emergência médica atempados e diferenciados porque o INEM não consegue hoje cumprir a sua missão", revela em comunicado o sindicato.

Segundo o STEPH, a "escassez de técnicos deve-se, sobretudo, à má gestão que tem imperado no INEM ao longo dos últimos anos", culpando as "políticas retrogradas, conservadoras e ineficazes que afastam cada vez mais profissionais do instituto".

"Estes técnicos merecem respeito, tratamento, consideração e valorização dos seus salários e da sua carreira. Já perdemos tempo demais", lê-se ainda na nota de imprensa.

E continua: "basta de uma gestão que tem vindo a delapidar o património do INEM e a tornar os serviços cada vez mais fracos, mais ineficazes, com elevado prejuízo para as populações. São os cidadãos que pagam muitas vezes com a própria vida a incapacidade do INEM em dar cumprimento à sua nobre, necessária e indispensável missão".

Neste contexto, o sindicato garante que "não deixará de usar todas as formas que estiverem ao seu alcance para que o 25 de abril e a liberdade se façam também no INEM, através da valorização dos seus profissionais, por cuidados de emergência médica mais eficazes, mais próximos, que sirvam melhor os cidadãos e que salvem mais vidas".

O presidente do STEPH, Rui Lázaro, revelou ainda à Lusa que "também nos CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) hoje, à semelhança do ocorrido nos últimos dias, há vários postos de atendimento encerrados por falta de técnicos".

Explicando as consequências diretas da diminuição dos recursos, o dirigente sindical afirmou que, "para além do atraso no envio de ambulâncias, podem verificar-se demoras no atendimento das chamadas de emergência".

Em resposta à Lusa, o INEM indicou que no dia de hoje "não tem registo de qualquer dificuldade no acionamento dos meios de emergência médica ou tempos de espera aumentados para atendimento das chamadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes".

"O dispositivo de meios de emergência encontra-se dimensionado de acordo com as necessidades previsíveis, tendo inclusivamente sido reforçado com alguns meios adicionais em função das comemorações do 25 de abril", lê-se ainda na resposta.

A direção do INEM sustenta ainda que o "Sistema Integrado de Emergência Médica funciona em rede, numa lógica de complementaridade, sendo composto por mais de 600 meios de emergência pré-hospitalar, do INEM e dos parceiros bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, que dão uma resposta adequada às necessidades".

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