José Sócrates falava na Guarda no final do XV Congresso da JS que elegeu Pedro Nuno Santos como secretário-geral com 77 por cento dos votos.

Dirigindo-se às centenas de jovens socialistas presentes, o primeiro-ministro pediu-lhes para seguirem de perto as três reformas que considerou essenciais para o futuro de Portugal: qualificação e educação, modernização tecnológica e segurança social.

"No fundo, a nossa agenda é esta. É uma agenda de modernização de Portugal, porque só assim, estaremos à altura daquilo que é a história do PS", disse.

"A vontade do PS é ser uma esquerda à altura do seu tempo, uma esquerda não fixista, não retórica, mas uma esquerda responsável que sabe ver e interpretar o mundo de hoje e quer construir um futuro melhor", garantiu.

"E é com a JS que construiremos esse futuro melhor", afirmou.

Na sua intervenção disse também que "o PS sempre foi um partido muito ambicioso ao nível das ideias".

"O PS nunca se resignou às ideias velhas, o PS sempre foi um partido que soube ousar, fazer reformas e mudanças. O PS foi precursor na mudança da prática política ao nível da social-democracia e do socialismo na Europa nos anos setenta", recordou.

O primeiro-ministro disse ainda que "o PS liderou o país em batalhas fundamentais, pela liberdade e pelo projecto europeu".

"Chegou a vez de liderarmos o país para modernizar Portugal e dar um futuro melhor a todos os portugueses. É para isso que conto com a JS", concluiu.

Na sua intervenção, Sócrates justificou as reformas que o governo está a realizar na educação, na segurança social e na vertente tecnológica, assegurando que o esforço tem por objectivo transformar Portugal num "país moderno" e competitivo.

Segundo José Sócrates, as reformas introduzidas "não se destinam apenas ao momento presente, destinam-se a construir um futuro melhor daqui a dez ou vinte anos, são reformas na estrutura do Estado e da sociedade, para que daqui a dez ou vinte anos o país não tenha os problemas que tem hoje".

Em relação à reforma do sistema da segurança social, observou que "visa defender o sistema público da segurança social", tendo sido realizada "a pensar no futuro e não no presente, a pensar nas próximas décadas".

José Sócrates disse ainda que o PS "tem muito orgulho na JS", lembrando que há dezasseis meses atrás "os portugueses confiaram ao PS a governação do país".

"O desafio para o PS é estar à altura dessa maioria absoluta, dessa responsabilidade", observou o primeiro- ministro e secretário-geral do PS.

"Temos uma responsabilidade histórica, e é bom ver o partido consciente dessa responsabilidade, porque fomos eleitos para fazer aquilo que se deve fazer em Portugal em nome de um futuro melhor para os portugueses", salientou José Sócrates.

O XV Congresso Nacional da JS, realizado na Guarda, elegeu Pedro Nuno Santos como secretário-geral com 77 por cento dos votos.

O outro candidato, João Tiago Henriques, registou apenas 20,53 por cento dos votos de um total de 487 votantes.