Sónia Brazão é suspeita dos crimes de explosão e incêndio

A atriz portuguesa que recentemente teve alta, foi constituída arguida num processo alegadamente por suspeita de ter sido a responsável pela explosão seguida de incêndio do seu apartamento no passado dia 3 de junho. Poderá vir a enfrentar uma pena de prisão de 3 a dez anos pelo crime de explosão e incêndio.

RTP /
Depois da alta o processo judicial DR

A Polícia Judiciária que conduz as investigações já recolheu as declarações da atriz de 37 anos correndo a versão de que a os agentes daquela corporação perfilham a tese de que o acto terá sido intencional, provavelmente numa tentativa de suicídio. A atriz e a sua família têm insistentemente rejeitado esta versão dos acontecimentos.

As perícias efetuadas no apartamento de Algés nos dias posteriores ao do ocorrido demonstraram que os quatro bicos do fogão estavam abertos, e que a explosão terá ocorrido quando Sónia Brazão ligou a máquina de lavar a roupa.

Depois de concluída a investigação o processo será enviado ao Ministério Público que face às conclusões tiradas optará pela acusação ou pelo arquivamento.

A importância de se determinar a intencionalidade ou mesmo a negligência poderá não ter apenas consequências penais. É certo que a atriz poderá, caso seja provado que se tratou de um ato deliberado ser acusada dos crimes de explosão e incêndio, enfrentando nesse caso uma pena de prisão cuja moldura penal vai dos três aos dez anos.

As implicações poderão não ficar por aí. Na realidade, se for provada a intencionalidade do ato, outra questão se levantará no que toca ao pagamento dos estragos no que refere à assunção das responsabilidades civis pela companhia de seguros.

È que a haver intencionalidade no ato provada em tribunal, provável é que a companhia de seguros recuse assumir a responsabilidade que nesse caso ficaria a cargo da própria, com todas as consequências que daí advém para a própria e eventuais prejuízos para terceiros.

Sónia Brazão, de 37 anos, ficou gravemente queimada em consequência de uma violenta explosão ocorrida em sua casa, situada em Algés, no passado dia 3 de Junho. Esteve internada nos cuidados intensivos do hospital de São José com queimaduras de segundo e terceiro graus em todo o corpo mais de um mês de internamento após o que teve alta no início da semana passada.
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