SPEM acredita que recusa de medicamentos se deve a critérios economicistas

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) queixa-se que não tem obtido respostas por parte do Hospital dos Capuchos, em Lisboa. O Infarmed tem dito apenas que responderá dentro de 15 dias. Em causa está a recusa de acesso a medicamentos inovadores.

Luís Soares /

Foto: Lusa

Ouvida pela Antena 1, Manuela Neves, da SPEM, explica que 15 dias é demasiado tempo para um doente com esclerose múltipla, porque pode significar que vai sofrer um surto. A responsável acredita que a recusa fica a dever-se a critérios economicistas.

Nos casos de os medicamentos ainda não terem sido aprovados pelo Infarmed, os hospitais podem pedir uma autorização especial para determinados doentes, mas a unidade hospitalar de Lisboa recusou os pedidos feitos para quatro pessoas com esclerose múltipla.

Ao Correio da Manhã o Infarmed esclarece que a avaliação de um dos medicamentos está em fase final de tomada de decisão, mas é possível um pedido de autorização especial por parte do hospital.

O Hospital dos Capuchos refere ao Diário de Notícias que a aquisição de medicamentos sem avaliação prévia do Infarmed está vedada aos hospitais.

(com Sandra Henriques)
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