A Polícia Judiciária desencadeou esta quinta-feira buscas na sede da Presidência do Conselho de Ministros. Em causa estão suspeitas relacionadas com contratos realizados entre elementos do Conselho de Ministros e pelo menos uma empresa do norte do país.
A Polícia Judiciária está a fazer buscas na Presidência do Conselho de Ministros por suspeitas de corrupção. Em comunicado, o Departamento Central de Investigação e de Ação Penal (DCIAP) confirmou a realização de buscas em cinco diferentes locais.
Incluem-se "sociedades comerciais, empresas de contabilidade, residências particulares e organismos de administração pública".
As diligências em causa decorrem nas regiões de Lisboa, Coimbra, Porto e Braga.
Neste inquérito investiga-se a eventual prática de "crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio e falsificação de documento", acrescenta o DCIAP.
"Em causa estão factos relacionados com a adjudicação, através de ajuste direto, de contrato de prestação de serviços celebrado entre organismos da administração pública e sociedade comercial", acrescenta o comunicado.
A investigação, em segredo de justiça, está a ser dirigida pelo Ministério Público em conjunto com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
Os inspetores da Polícia Judiciária chegaram à Presidência do Conselho
de Ministros pelas 9h00 e continuavam, ao início da tarde, a recolher
documentação no local.
As buscas domiciliárias e em gabinetes começaram esta manhã de quinta-feira, numa operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção. O inquérito em causa partiu de um outro processo e envolve uma empresa informática do norte do país.
O juiz Carlos Alexandre está à frente deste inquérito, apurou a RTP.
Ainda não há indicação sobre eventuais arguidos ou detenções efetuadas no âmbito deste processo.
Enquanto isso, o Conselho de Ministros está reunido em Algés, no antigo Ministério do Mar. Nas últimas semanas, é aqui que o Conselho de Ministros se tem reunido todas as semanas.