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Suspeitos da morte de criança em Setúbal são ouvidos em tribunal

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

As três pessoas suspeitas da morte de uma criança de três anos, em Setúbal, são esta sexta-feira presentes a tribunal. As autoridades revelam um quadro evidente de maus tratos e que na origem do caso estará uma dívida da mãe da criança.

As três pessoas detidas por suspeita do homicídio de uma menina em Setúbal são uma mulher a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, e o marido e a filha desta suspeita, segundo a Polícia Judiciária clarificou na quinta-feira. Foram detidos por suspeita dos crimes de rapto, extorsão, ofensas à integridade física e homicídio qualificado.

O interrogatório está marcado para o início da tarde, em Setúbal.

A mãe e o padrasto da criança também foram interrogados mas saíram em liberdade.

A morte da menina ocorreu na segunda-feira passada, depois de a mãe a ter ido buscar a casa da suspeita, identificada pela progenitora às autoridades como ama da criança. De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.
A criança ainda foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos. Segundo a PJ, a mãe da menina foi "ardilosamente enganada" e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.

Entretanto, a Comissão de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças revelou que foi aberto em 2019 um processo de promoção e proteção da menina que morreu em Setúbal, tendo o caso seguido para o Ministério Público.

Um comunicado da última noite revela que a criança estava exposta a um ambiente familiar que poderia colocar em causa o bem-estar e desenvolvimento. O comunicado da Proteção de crianças e jovens revela ainda que a medida de proteção recomendada pela não foi aceite pelos pais e que, por isso, o processo foi enviado para o Ministério Público em 2020.

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