As três pessoas suspeitas da morte de uma criança de três anos, em Setúbal, são esta sexta-feira presentes a tribunal. As autoridades revelam um quadro evidente de maus tratos e que na origem do caso estará uma dívida da mãe da criança.
Suspeitos da morte de criança em Setúbal são ouvidos em tribunal
As três pessoas detidas por suspeita do homicídio de uma menina em Setúbal são uma mulher a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, e o marido e a filha desta suspeita, segundo a Polícia Judiciária clarificou na quinta-feira. Foram detidos por suspeita dos crimes de rapto, extorsão, ofensas à integridade física e homicídio qualificado.
O interrogatório está marcado para o início da tarde, em Setúbal.
A morte da menina ocorreu na segunda-feira passada, depois de a mãe a ter ido buscar a casa da suspeita, identificada pela progenitora às autoridades como ama da criança. De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica. A criança ainda foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos. Segundo a PJ, a mãe da menina foi "ardilosamente enganada" e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.
Entretanto, a Comissão de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças revelou que foi aberto em 2019 um processo de promoção e proteção da menina que morreu em Setúbal, tendo o caso seguido para o Ministério Público.
Um comunicado da última noite revela que a criança estava exposta a um ambiente familiar que poderia colocar em causa o bem-estar e desenvolvimento. O comunicado da Proteção de crianças e jovens revela ainda que a medida de proteção recomendada pela não foi aceite pelos pais e que, por isso, o processo foi enviado para o Ministério Público em 2020.
Um comunicado da última noite revela que a criança estava exposta a um ambiente familiar que poderia colocar em causa o bem-estar e desenvolvimento. O comunicado da Proteção de crianças e jovens revela ainda que a medida de proteção recomendada pela não foi aceite pelos pais e que, por isso, o processo foi enviado para o Ministério Público em 2020.