"Ao mesmo tempo que contribui para as obras, que são urgentes, quem comprar um taco fica também com uma recordação da igreja", disse à Lusa José Manuel Filgueiras, do movimento cívico "Eu Sou Matriz".

Em causa estão os cerca de 500 tacos do soalho do presbitério da igreja, que deverão ser vendidos uns a 10 euros e outros a 25 euros, em forma de estojos.

Os tacos deverão ser removidos no sábado, num trabalho conjunto com o Núcleo de Escuteiros de Famalicão, após o que serão "trabalhados", sendo que em alguns deles será gravado um presépio, para poderem funcionar como objeto de decoração já neste natal.

Segundo José Manuel Filgueiras, as obras da igreja deverão orçar em cerca de 700 mil euros, estando em curso também uma campanha de angariação de fundos junto das empresas da região, a troco da afixação de publicidade nos andaimes e no estaleiro da obra.

"Temos de ser imaginativos, que os tempos não estão fáceis e as obras são mais que urgentes", sublinhou José Manuel Filgueiras.

Adiantou que uma das partes mais críticas é o coro alto, que está "em perigo de ruína", por excesso de humidade, mas "toda a estrutura" precisa de uma intervenção "de fundo".

"O telhado mete muita água, a madeira está toda danificada, as instalações elétricas têm de ser substituídas, além de que, ao longo dos tempos, foram sendo introduzidos elementos estéticos que descaraterizaram a igreja, como os azulejos à volta de toda a nave", explicou.

A intervenção constará ainda da construção de um novo edifício, na lateral da igreja, que funcionará como capela mortuária e como "capela da reconciliação", onde serão feitas as confissões.

A arte sacra também será restaurada.

As obras deverão arrancar no primeiro trimestre de 2015.