Vincent West, Reuters
O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar a possível ligação do roubo de armas em Tancos a elementos da ETA. Há suspeitas de que as armas iam ser vendidas a elementos da organização terrorista, que foi formalmente dissolvida em maio deste ano.
O Ministério Público acredita que os suspeitos do furto aos paióis tinham o propósito de vender especialmente os explosivos à organização terrorista - uma linha de investigação que resulta das revelações feitas por um dos suspeitos.
Foi um dos arguidos que disse aos inspetores da Policia Judiciária que o grupo planeava vender parte do material roubado a elementos da ETA.
A organização terrorista basca foi dissolvida formalmente em maio deste ano, cerca de um ano após o assalto. Este é o motivo que leva os arguidos a estarem indiciados de terrorismo internacional.
Para o Ministério Público, João Paulino, ex-fuzileiro, em prisão preventiva desde outrubro, era o líder da organização criminosa, que juntamente com os novos arguidos planeou e executou o furto.
Esta quarta feira, um nono arguido ficou em prisão preventiva. Trata-se de um ex-militar, que na altura do furto exercia funções nos paióis de Tancos. É suspeito de ter passado informação privilegiada sobre o interior da base.
A investigação ao furto de Tancos tem também pelo menos uma ligação ao furto das armas Glock da PSP, um suspeito comum nos dois crimes: António Laranginha.
A investigação a Tancos têm, no total, 19 arguidos.