Trabalhadores do Tivoli suspendem greve e administração mantém proposta
A administração dos Hotéis Tivoli garantiu que vai manter a sua proposta de aumentos salariais mesmo que os trabalhadores, que nos últimos três dias fizeram greve, ameacem com novas jornadas de luta.
Às 23:30 de hoje, os funcionários grevistas de quatro dos 12 hotéis do grupo Tivoli regressam aos seus postos de trabalho e aguardam pela reunião que ficou agendada para o final do mês entre representantes da administração e dos trabalhadores.
A razão da greve prendeu-se apenas com um ponto das negociações salariais, já que os trabalhadores aceitam o aumento de 2,4 por cento proposto pela administração, mas exigem que seja garantido um aumento mínimo de 35 euros e não de 22 euros como deseja a direcção.
Em declarações à agência Lusa o Director-Geral de Operações do Hotel Tivoli Lisboa, Alexandre Solleiro, garantiu que a "administração não irá fazer aumentos além dos já propostos".
"A oferta que fizemos foi boa e eles sabem que não podemos oferecer mais, por isso uma nova greve seria inútil", acrescentou Alexandre Soleiro.
Contra a posição da administração, Rodolfo Caseiro, da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurante e Similares do Sul, vê a marcação de uma nova reunião como um sinal de abertura para discutir aumentos salariais.
O grau de adesão à greve foi outro dos pontos não consensuais:
o sindicato fala em 90 por cento e a administração refere uns "absolutamente inexpressivos dez por cento".
Certa foi a presença policial durante a manhã de sábado e de hoje frente ao Hotel Tivoli Lisboa, onde os grevistas se concentraram para mostrar o seu desagrado face às propostas da administração.