Tráfico de seres humanos. Crime com número baixo de condenações

O tráfico de pessoas é difícil de provar, assume o coordenador do Plano Nacional contra o Tráfico de Seres Humanos. Em declarações à Antena 1, Manuel Albano salienta que os fatores mais favoráveis ao tráfico humano são os conflitos, a pobreza ou até a crise ambiental. No entanto, nem sempre é possível condenar os autores destes crimes. Assinala-se, esta quarta-feira, em todo o mundo, o Dia contra o Tráfico de Pessoas.

Antena 1 /

Foto: Priscilla du Preez - Unsplash

Mais de 2000 pessoas foram vítimas de tráfico humano em Portugal durante os últimos 6 anos.

O número é divulgado hoje, pelo jornal Público, a partir de dados do Grupo de Especialistas sobra a Acção contra o Tráfico de Seres Humanos. 

De acordo com dados divulgados em 2024 pelo Observatório de Tráfico de Seres Humanos, a 21 de dezembro de 2023 existiam 22 reclusos condenados por este crime - um número que se tem mantido no período recente. Nesse mesmo ano - 2023 - as autoridades tinham registado 53 suspeitos.

As informações de 2024 ainda não estão compiladas, mas a coordenadora do Observatório, Rita Penedo, ouvida também pela Antena 1, diz que a tendência não se alterou.
O que mudou, explica Rita Penedo, foram as circunstâncias e o fim em que acontece o tráfico humano.
A atenção de toda a sociedade é fundamental para denunciar às autoridades indícios que possam parecer relevantes destaca Manuel Albano.
O coordenador do Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos lembra que há cinco redes regionais de apoio e proteção a vítimas com linhas telefónicas gratuitas disponíveis 24 horas por dia.

Todas estas informações podem ser consultadas na página eletrónica da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. 

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