Travessia Lisboa/Barreiro em "catamarã" cancelada desde as 13:00

O mau tempo que se faz sentir obrigou hoje ao cancelamento da travessia fluvial Lisboa/Barreiro em catamarã, estando o transporte a ser efectuado por um barco de reserva, disse à Lusa fonte da transportadora, Soflusa.

Agência LUSA /

"Os catamarãs são muito leves e não conseguiam atracar, por isso recorremos aos barcos antigos, que funcionam como reserva", adiantou a fonte da Soflusa.

A travessia em catamarã só vai ser retomada quando as condições meteorológicas normalizarem.

Já no passado dia 08, os catamarãs da Soflusa estiveram parados devido ao mau tempo, situação que provocou críticas por parte dos sindicatos do sector dos transportes de passageiros, que reiteraram que aqueles barcos são desadequados para navegar no Tejo.

Na mesma ocasião, o presidente do conselho de administração da Soflusa, João Franco, admitiu que os catamarãs são pouco adequados para navegar no rio em condições climatéricas adversas e que apresentam gastos em combustível superiores a outro tipo de embarcações, mas ressalvou que a compra dos catamarãs foi decidida pela administração anterior.

Já em anos anteriores, os sindicatos haviam alertado para a desadequação do uso de catamarãs no percurso entre Barreiro e Lisboa, alegando razões de segurança, insuficiência de lugares e custos acrescidos de exploração.

A Soflusa assegura desde 1993 as ligações fluviais entre Barreiro e Terreiro do Paço e está a operar desde Maio com sete catamarãs que, ao substituírem nove navios com mais de 30 anos, encurtaram cada viagem de 30 para 20 minutos.

Com capacidade para transportar 600 passageiros, os catamarãs têm uma cadência de dez em dez minutos, mas os barcos de reserva só fazem a travessia entre as duas margens do Tejo de hora a hora.

Os barcos de reserva têm capacidade para cerca de mil pessoas.

A empresa faz parte do grupo Transtejo, que garante a travessia fluvial entre Lisboa e Cacilhas, Porto Brandão, Trafaria, Seixal e Montijo.


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