Três crianças portuguesas repatriadas do Brasil por decisão judicial

Lisboa, 09 Abr (Lusa) - Três crianças portuguesas alegadamente entregues pela mãe, residente em Portugal, ao cuidado de uma ama que vive no Brasil chegaram hoje de madrugada a Lisboa depois de uma decisão judicial de repatriamento.

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Este caso está a ser referido na imprensa brasileira e a agência Lusa confirmou junto do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas que as crianças chegaram hoje a Lisboa acompanhadas por uma funcionária do ministério dos negocios estrangeiros.

A mesma fonte adiantou que o caso tem estado a ser acompanhado desde o início pelo secretário de Estado das comunidades, António Braga, "com total discrição em defesa da privacidade das crianças".

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, as três crianças de 10, 12 e 13 anos foram encontradas numa zona rural em Nova Mutum (MT).

Nascidas nos Açores, as crianças tinham sido adoptados há seis anos por um casal português e estavam desde Dezembro no Brasil com Joelma Alexandra Guerra, uma brasileira que tinha sido ama das crianças em Coimbra, cidade onde a família residia, refere o mesmo jornal.

Segundo o juiz Gabriel Matos, da Vara da Infância e Juventude, citado pelo jornal, os pais adoptivos serão investigados pela Justiça portuguesa por abandono.

As crianças foram encontradas no dia 25 de Março em Pontal do Marapi, após o Conselho Tutelar receber uma denúncia de que havia uma brasileira com três crianças estrangeiras no local.

Havia a suspeita, descartada pelo juiz, de que as crianças tinham sido sequestradas.

Ainda de acordo com o jornal brasileiro, em Dezembro de 2008, a ama voltou para a cidade de Faxinal, no Paraná, e, dias depois, a mãe das crianças desembarcou no país entregando os tres menores ao cuidado da ama.

Segundo o juiz, a ama mudou-se para Nova Mutum, onde passou a trabalhar numa escola rural.

No depoimento à Justiça, refere o jornal Folha de S.Paulo, a mãe das crianças disse que não foi buscar os filhos porque estava em processo de separação.

GC.

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