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"Última peça do puzzle". Presidente do INEM a favor da fusão com CODU e SNS24
A Comissão Técnica Independente para a refundação do INEM propôs a criação de uma central única de atendimento juntando CODU e SNS24, além da abertura do transporte não emergente de doentes ao setor privado. O presidente do INEM acredita que é uma medida necessária.
Luís Cabral concorda com a fusão dos serviços para melhorar o atendimento urgente aos doentes, só não defende que seja uma fusão obrigatoriamente física, mas essencialemente operacional. Para o presidente do INEM, este plano “era a última peça do puzzle” que faltava, depois de a instituição ter sido alvo “de duas auditorias e agora esta avaliação da Comissão Técnica Independente”.
“São três aspetos diferentes daquilo que é o funcionamento do Instituto, mas que vão ter que ser agora coligidos, de forma a garantirmos que as soluções são comuns aos três”, explicou este sábado Luís Cabral, em entrevista à RTP.
O que os portugueses precisam, adiantou, “é de não andar a ser transferidos de uma central para a outra”.
“É esse o nosso objetivo”.
Há uma mês na liderança do INEM, Luís Cabral afirma que os “trabalhadores devem ter noção clara que nós devemos aos portugueses uma resposta” e lamenta “a degradação enorme da confiança dos portugueses no Instituto”.
A culpa, considerou, “é do sistema” e o INEM tem de ser capaz de “ultrapassar essas restrições e entrar no novo modelo de organização”, que não foi Luís Cabral que decidiu.
“Aceitei esta missão, sabendo que ia haver uma refundação do INEM”, assegurou. “Este processo de mudança precisa de uma liderança e essa liderança tem de ser reconhecida”.
De forma clara, afirmou: “Não venho em guerra. (…) Gostaria de trabalhar com todos”.
Sobre a greve geral de dia 11 de dezembro, Luís Cabral garante que o “INEM aprendeu com os seus erros” e que, contrariamente ao que aconteceu na greve anterior, haverá serviços mínimos.
O presidente do INEM apelou, contudo, a todas as classes profissionais que trabalham no instituto “que respeitem aquilo que os portugueses pedem”, que “tenham um espírito ético e deontológico”.
“Era importante que todas as classes que se querem reconhecer como classes profissionais de saúde tenham a noção que ser profissional de saúde implica ter ética com os nossos doentes”, argumentou Luís Cabral.
Questionado sobre se tal não põe em causa o direito à greve dos técnicos de emergência médica, o presidente do INEM rejeita, porque as outras classes profissionais de saúde fazem greve “e nunca tivemos falta de atendimento”.
Luís Cabral diz que, apesar das queixas de falta de recursos humanos, o Ministério da Saúde tem “feito um trabalho árduo” com os sindicatos e na valorização de carreiras. Mas assume que o “serviço tem as suas limitações, infelizmente, por falta de organização”.
Os relatórios das auditorias, citou ainda, apontam que o “INEM tem falhas graves que devem ser devidamente corrigidas”.
“São três aspetos diferentes daquilo que é o funcionamento do Instituto, mas que vão ter que ser agora coligidos, de forma a garantirmos que as soluções são comuns aos três”, explicou este sábado Luís Cabral, em entrevista à RTP.
O responsável admitiu que há divergências e será necessária adaptação, incluindo a “fusão física do SNS24 com as nossas centrais CODU”. Plano com o qual concorda.
“Temos de ter algoritmos de triagem semelhantes”, disse, explicando que o objetivo é evitar que “haja transferência de chamadas”.
Apesar da resistência da Comissão de Trabalhadores e do Sindicato dos Técnicos de Emergência, Luís Cabral considera que “mais do que fazer a fusão física” é preciso “fazer uma fusão funcional”. E explicou que a decisão de uma central deve ser a mesma das restantes: “Se é para enviar uma ambulância, a ambulância é enviada; se é para fazer apenas aconselhamento, será feito”.
O que os portugueses precisam, adiantou, “é de não andar a ser transferidos de uma central para a outra”.
“É esse o nosso objetivo”.
A fusão do SNS24 e do INEM “é mandatória”, confirmou, embora não considere necessária a fusão física.
A proposta de refundação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), já entregue ao Ministério da Saúde, defende que as chamadas de socorro feitas para o 112 e para a Linha de Saúde SNS24 (808242424) sejam atendidas na mesma central de atendimento.
A linha única deve contar com três centrais regionais, em Lisboa, Porto e Coimbra, que devem funcionar com técnicos de atendimento, aos quais deverá ser dada uma formação específica teórica e prática de entre 150 e 200 horas e que farão a triagem inicial das chamadas e acionarão os meios.
"Processo de mudança precisa de uma liderança"Há uma mês na liderança do INEM, Luís Cabral afirma que os “trabalhadores devem ter noção clara que nós devemos aos portugueses uma resposta” e lamenta “a degradação enorme da confiança dos portugueses no Instituto”.
A culpa, considerou, “é do sistema” e o INEM tem de ser capaz de “ultrapassar essas restrições e entrar no novo modelo de organização”, que não foi Luís Cabral que decidiu.
“Aceitei esta missão, sabendo que ia haver uma refundação do INEM”, assegurou. “Este processo de mudança precisa de uma liderança e essa liderança tem de ser reconhecida”.
De forma clara, afirmou: “Não venho em guerra. (…) Gostaria de trabalhar com todos”.
Sobre a greve geral de dia 11 de dezembro, Luís Cabral garante que o “INEM aprendeu com os seus erros” e que, contrariamente ao que aconteceu na greve anterior, haverá serviços mínimos.
O presidente do INEM apelou, contudo, a todas as classes profissionais que trabalham no instituto “que respeitem aquilo que os portugueses pedem”, que “tenham um espírito ético e deontológico”.
“Era importante que todas as classes que se querem reconhecer como classes profissionais de saúde tenham a noção que ser profissional de saúde implica ter ética com os nossos doentes”, argumentou Luís Cabral.
Questionado sobre se tal não põe em causa o direito à greve dos técnicos de emergência médica, o presidente do INEM rejeita, porque as outras classes profissionais de saúde fazem greve “e nunca tivemos falta de atendimento”.
Luís Cabral diz que, apesar das queixas de falta de recursos humanos, o Ministério da Saúde tem “feito um trabalho árduo” com os sindicatos e na valorização de carreiras. Mas assume que o “serviço tem as suas limitações, infelizmente, por falta de organização”.
Os relatórios das auditorias, citou ainda, apontam que o “INEM tem falhas graves que devem ser devidamente corrigidas”.