Um terço dos portugueses sofre de refluxo gastro-esofágico

O refluxo gastro-esofágico (DRGE), doença cujos sintomas típicos são a azia e o ardor no estômago (pirose), afecta um em cada três portugueses, revelam dados divulgados num congresso de Gastrenterologia que decorre no Porto até sábado.

Agência LUSA /

O DRGE "é uma das causas mais comuns na procura das consultas de Gastrenterologia ao nível do ambulatório. Trata-se de uma doença com graves implicações ao nível da qualidade de vida", disse o director do Serviço de Gastrenterologia do Hospital Egas Moniz, Leopoldo Matos.

Esta patologia é bastante comum em Portugal, afectando 35 por cento da população com mais de 18 anos, explicou.

"Uma sensação de acidez ou azedume no estômago [azia] e uma sensação de calor e ardor na parte inicial do aparelho digestivo [pirose]" são prováveis sintomas do DRGE, de acordo com António Curado, que dirige o Serviço de Gastrenterologia no Hospital de Caldas da Rainha.

Os especialistas consideram que a melhor maneira de evitar o DRGE é recorrer a "terapêuticas relacionadas com alterações de estilos de vida", como correcção do peso, opção por refeições ligeiras e evitar sentar-se em cadeiras baixas ou dormir logo após as refeições.

Segundo os gastrenterologistas, os doentes reumáticos que aliviam as dores com a toma crónica de anti-inflamatórios não esteróides "têm risco aumentado de sofrer sintomas de refluxo".

Pessoas nestas circunstâncias, aconselham, devem recorrer a terapias complementares, como a toma de fármacos inibidores da bomba de protões, que asseguram um baixo nível de acidez no estômago.

O Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva, que decorre desde quarta-feira e termina sábado, conta com a participação de 600 especialistas.


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