Universidades devem refletir sobre como potenciar ação humanitária, diz Santos Silva

por Lusa

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros defendeu hoje a necessidade de as universidades refletirem e municiarem os decisores políticos sobre a melhor maneira de potenciar a ação humanitária, na apresentação de um novo curso universitário.

"Vim aqui testemunhar o desenvolvimento do curso internacional em ação humanitária, porque sou um beneficiário direto dos seus resultados, visto que na nossa cooperação o apoio às comunidades e as relações bilaterais e a ação humanitária são muito importantes em resposta de emergência a populações que vêm os seus direitos básicos ameaçados", disse Augusto Santos Silva à Lusa.

O governante falava após a assinatura de um protocolo entre o do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e várias universidades moçambicanas, brasileiras e uma fundação cabo-verdiana.

"Em Portugal, temos experiência já bastante consolidada de ação humanitária, mas estamos a confrontar-nos com novos desafios, como vimos na Síria, na Venezuela ou em Moçambique, com os ciclones, e as universidades devem refletir sobre isso e ajudar-nos a conhecer melhor estas realidades e formar profissionais capazes sobre a ação humanitária", acrescentou o governante.

Para a reitora do ISCTE, o objetivo do novo curso que será lançado em setembro do próximo ano, com cerca de 30 vagas, é "mobilizar capacidades e recursos para formar profissionais, porque a exigência da ação humanitária é a profissionalização e a coordenação nas intervenções".

Em declarações à Lusa, Maria de Lurdes Rodrigues explicou que o curso será composto por aulas em várias universidades brasileiras, cabo-verdianas e moçambicanas, com o objetivo de mobilizar alunos do mundo inteiro.

"É um processo demorado e lento, daqui por um ano contamos estar em condições de dar resposta a um curso internacional, em que os alunos passam por disciplinas dadas em várias universidades, circulando e frequentando diferentes disciplinas em diferentes semestres, e assim conseguir um diploma num curso internacional neste consórcio de universidades", concluiu a reitora.

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