Utentes exaltados partem a pontapé divisórias de vidro da Segurança Social da Loja do Cidadão

Porto, 17 jan (Lusa) -- O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) denunciou que utentes exaltados partiram hoje, a pontapé, divisórias de vidro dos serviços da Segurança Social da Loja do Cidadão do Porto, na Torre das Antas.

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Em declarações à Agência Lusa, a dirigente do STFPSN, Maria do Céu Monteiro, disse que o sindicato foi hoje contactado "porque na Loja do Cidadão do Porto, no balcão da Segurança Social, teria havido confusão entre os utentes e os funcionários que estão no atendimento".

"Dirigimo-nos à Loja do Cidadão e o que nos foi descrito foi que os ânimos estão demasiado exaltados com as notificações que os utentes estão a receber para repor valores que, alegadamente, receberem indevidamente, e atrasos nos pagamentos e nos subsídios. Hoje chegaram a extremos, ao ponto de, ao pontapé, terem partido as divisórias de vidro que separam, mal, a parte do público da dos funcionários", relatou.

Segundo a dirigente sindical "os funcionários da Loja do Cidadão do Porto estão muito mal protegidos" uma vez que esta estrutura não tem policiamento e apenas "um segurança na entrada", para além de não haver uma separação física entre utentes e funcionários do atendimento.

"Têm sido ameaçadas constantemente. Isto já tem vindo a acontecer e os trabalhadores já alertaram os serviços, até o Conselho Diretivo da Segurança Social. Não têm feito rigorosamente nada", condenou, acrescentando que "os funcionários estão nervosos e assustados, num constante clima de medo e de insegurança".

Maria do Céu Monteiro garantiu à Agência Lusa que o sindicato vai "alertar o Conselho Diretivo da Segurança Social, uma vez mais, para esta situação".

"Preocupa-nos porque acho que só vão tomar medidas quando um dia, em vez de partirem um vidro, alguém seja, como já aconteceu noutros serviços, esfaqueado ou outra coisa bem pior", lamentou.

Segundo a sindicalista, desde que as pessoas começaram a receber as notificações da Segurança Social para devolverem os pagamentos recebidos indevidamente, "estão muito mais agressivas".

"O termo que eles utilizavam mesmo, hoje, era a agressividade dos utentes para com os funcionários da Segurança Social, quando eles não têm culpa nenhuma. Eles não são os culpados destas políticas que estão a ser seguidas", disse.

A Agência Lusa tentou contactar o Instituto da Segurança Social para obter esclarecimentos mas até agora não foi possível.

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