Vacinação indevida. Vereador da Câmara de Lisboa apresenta demissão

por RTP
Nabil Mounzer - EPA

Numa nota enviada à comunicação social, a Câmara Municipal de Lisboa divulgou a demissão do vereador da Proteção Civil, Carlos Manuel Castro, que apresentou esta terça-feira o seu pedido de renúncia ao cargo. Em causa está a vacinação indevida com sobras de doses administradas nos lares.

Segundo o comunicado, o vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa (CML), Carlos Manuel Castro, apresentou esta terça-feira o seu pedido de renúncia ao cargo, “pedido que foi de imediato aceite pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa", Fernando Medina.

Em causa está a vacinação indevida, depois de ter sido revelado pela revista Sábado que oito elementos da proteção civil municipal, incluindo Carlos Manuel Castro, foram inoculados contra a Covid-19 com vacinas que sobraram da administração nos lares.


No dia 9 de fevereiro, a Câmara de Lisboa fez saber que, na sequência da vacinação em lares e residências para idosos, sobraram 126 vacinas. Dando cumprimento às determinações das autoridades de saúde, indicou a autarquia, foram administradas 26 doses das vacinas a elementos das equipas envolvidas diretamente na operação de inoculação nos lares, designadamente 15 enfermeiros e oito elementos da Proteção Civil municipal presentes no local da vacinação.

Para além de Carlos Manuel Castro, terão sido igualmente vacinados três elementos da Higiene Urbana, incluindo a sua diretora Filipa Penedos, envolvidos no processo de recolha das seringas utilizadas na vacinação.

As restantes 100 sobras "foram ministradas a profissionais dos grupos constantes na primeira fase de prioridade definida" pela Direção-Geral da Saúde.

O comunicado da autarquia acrescenta que serão remetidos “às autoridades competentes todos os elementos apurados relativos à participação da Proteção Civil no processo de vacinação dos lares para avaliação externa e independente dos mesmos”.

A CML anuncia que o pelouro da Proteção Civil passará a ser assumido pelo Vereador Miguel Gaspar.

No comunicado pode ler-se ainda que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa “reitera a confiança no Comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, no Comandante da Polícia Municipal e na Diretora Municipal de Higiene Urbana, cuja vacinação decorreu por determinação de superior hierárquico e na convicção do cumprimento de todas as normas”.

c/Lusa
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