Os dois tripulantes, de 46 e 54 anos, residentes em Faro "ficaram enjoados e não sabiam velejar", explicou à Lusa o capitão Jaime Trabucho, adiantando que a embarcação estava com uma avaria no mastro e que os dois homens não conseguiram içar as velas, deixando o veleiro à deriva.

Os dois indivíduos não estavam acreditados com carta de navegador e podem agora ter de pagar uma coima de entre 250 e 2.500 euros, acrescentou o capitão Jaime Trabucho.

O veleiro estava a entrar na zona de navegação de embarcações de grande porte, as chamadas auto-estradas, onde petroleiros e cargueiros transitam, por vezes em piloto automático ou com pouca capacidade de manobra, pelo que "podia haver risco de colisão", observou o capitão.

O alerta foi dado às 12:45, quando uma traineira que passava por perto lançou o aviso através das comunicações de rádio de banda marítima.

O veleiro português, registado em Vila Real de Santo António - com oito metros de comprimento -, não tinha comunicações de rádio de banda marítima, observou a capitania, referindo que os dois homens a bordo também não tinham telemóveis para pedir socorro.

A capitania do Porto de Olhão destacou uma lancha semi-rígida para o salvamento, chegando cerca das 13:30 ao local para realizar o resgate da tripulação e dos bens, assim como para realizar o reboque do veleiro 79 VR Capitão Morgan para o Porto de Olhão, local onde ainda se encontra.

Os dois tripulantes chegaram cerca das 16:00 a Olhão e "estão bem e a recuperar", referiu o capitão Jaime Trabucho.