Vigilantes e seguranças devem ter meios de defesa, defende associação do sector

Lisboa, 04 Mar (Lusa) - O presidente da Associação Nacional de Vigilantes (ANV), Rui Silva, reiterou hoje à agência Lusa a necessidade de os seguranças e vigilantes portugueses serem autorizados a utilizar meios de defesa não-letais para sua defesa.

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Um segurança do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, foi hoje encontrado morto cerca das 13:00 nos corredores técnicos da área de restauração, zona vedada ao público.

O caso foi entregue pela PSP à Polícia Judiciária (PJ), que irá agora determinar se tratou de um homicídio ou de um suicídio.

A morte do segurança surge um dia depois de a mesma Associação ter anunciado que iria solicitar uma audiência ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para discutir a possibilidade de os seguranças usarem meios de defesa, nomeadamente cacetetes e "tasers" (armas de choques eléctricos).

"A posição que vamos tomar hoje é idêntica à que tomámos no fim-de-semana", explicou Rui Silva, acrescentando que a carta dirigida ao ministro da Administração Interna "será enviada entre hoje e amanhã [quarta-feira]".

O presidente da ANV - que representa todos os seguranças uniformizados - lamentou que existam cerca de 40 mil homens "que vestem uniforme mas que não têm um único meio de defesa além das suas mãos".

"Esperamos poder estabelecer um diálogo com o ministro e que as duas partes consigam sair com o assunto resolvido. Vamos dialogar para tentar chegar a uma conclusão justa para os dois lados", explicou.

Rui Silva não soube precisar se tem havido mais incidentes com seguranças em centros comerciais, mas garantiu que agressões aos seguranças "são frequentes em todo o país, e não só nos centro comerciais".

Rui Silva tinha referido anteriormente que já em Novembro de 2007, aquando da criação da ANV (actualmente com cerca de 100 sócios), a associação enviou um pedido a Rui Pereira para que os seguranças fossem autorizados a usar meios de defesa, mas ainda não obteve resposta.


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