VIH, DST e hepatites virais. Semana Europeia do Teste de Primavera

por RTP
Reuters

A Semana Europeia do Teste de Primavera de 2022, a decorrer até 23 de maio, pretende promover a consciencialização sobre o benefício do diagnóstico precoce da infeção por VIH, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e hepatites virais, assim como a eficácia da adesão ao tratamento.

Segundo uma nota de imprensa enviada às redações pelo Ministério da Saúde, “o número de testes para o VIH aumentou substancialmente, tendo sido realizados cerca de 325 mil em 2021, o que equivale a um aumento de 26 por cento comparativamente a 2020, ano em que foram efetuados 257.200”.

Em 2021 subiu, também, o número de testes às hepatites B e C, registando-se cerca de 477.500 e 382.000, correspondendo a um aumento de dez por cento em ambos os exames em relação ao ano anterior, em que foram efetuados 439.500 e 351.500.Prevenir, testar e tratar a infeção por VIH, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais (B e C) são estratégias essenciais e devem ser mantidas em tempos de crise.

Foram realizados cerca de 300 mil testes para a infeção por VIH nos cuidados de saúde primários, representando um aumento de 31 por cento comparativamente ao ano de 2020, em que foram efetuados cerca de 229.200.

A nota refere ainda que “as organizações não-governamentais e de base comunitária mantiveram as suas respostas de rastreio e referenciação também na área do VIH, tendo realizado mais de 25 mil testes em 2021, valor muito próximo do de 2020 (28 mil)”.

Em relação às hepatites B e C, nos cuidados de saúde primários e nos hospitais foram prescritos e faturados, no total, cerca de 460 mil testes anti-HBs e 360 mil testes anti-VHC. Comparativamente ao ano anterior, em que houve registo de 425.500 e 335.700, verificou-se um aumento de cerca de oito e sete por cento.

“Nos hospitais esse número não sofreu alterações substanciais (223.200 testes anti-HBs e 199.200 testes anti-VHC em 2020; 220.000 testes anti-HBs e 190.000 testes anti-VHC em 2021)”, acrescenta o documento. A Semana Europeia do Teste da Primavera é organizada pela EuroTEST desde 2013, em parceria com instituições comunitárias, de saúde e políticas da Região Europeia da Organização Mundial de Saúde, duas vezes por ano, na primavera (maio) e no outono (novembro), para incentivar a realização do teste, através da melhoria da acessibilidade.

No que diz respeito aos testes efetuados através de organizações não-governamentais e organizações de base comunitária, foram realizados mais de 17.500 testes de Hepatite B e de 22.800 testes de Hepatite C (anti-VHC) no ano passado, representando um aumento de 26 por cento e 44 por cento face a 2020, em que houve registo de cerca de 13.900 e de 15.800, respetivamente.

O Ministério da Saúde frisa que “estes dados confirmam o esforço para manter a resposta de rastreio e diagnóstico destas infeções, num ano ainda fortemente afetado pela pandemia COVID-19”.

“A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção por VIH e do Programa Nacional para as Hepatites Virais, associa-se aos restantes países da Europa, reforçando a necessidade de aumentar o acesso e promover a realização de testes para o VIH, hepatites virais e outras infeções sexualmente transmissíveis e de consciencializar para a importância do seu diagnóstico e tratamento precoce na prevenção da transmissão e melhoria do prognóstico”.
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