Vila do Conde anuncia "solução definitiva" para prédio próximo a igreja de Caxinas

Vila do Conde, Porto, 25 fev (Lusa) - A Câmara Municipal de Vila de Conde anunciou hoje a solução definitiva para o prédio que está ser construído junto à igreja de Nosso Senhor dos Navegantes, em Caxinas, que contempla o recuo do último piso, para atenuar o impacto visual.

Lusa /

Depois de, a 14 de fevereiro, ter sido anunciado que a distância entre o edifício e igreja iria ser aumentada de 10 para 12 metros, a presidente da autarquia vila-condense, Elisa Ferraz, considerou que com esta diminuição de volumetria do último piso "chegou-se à solução definitiva".

"Conseguimos um acordo com o empreiteiro para se aplicar um recuo mínimo no último piso, que, ainda assim, será suficiente para reduzir o impacto visual da altura do prédio, dando a sensação de ter 3 andares e não 4 andares", disse autarca.

Elisa Ferraz considerou que "com o afastamento de mais dois metros entre o prédio e a igreja, a diminuição das varandas e este recuo do último andar, o caso fica fechado".

"É, sem dúvida, a melhor solução e a menos honrosa, que levará a uma resolução mais célere do assunto, que também é o que importa. Não foi fácil chegar a este acordo, mas agora que o conseguimos finalizamos definitivamente o processo".

A presidente da Câmara reafirmou que haverá lugar a uma indemnização paga pela autarquia ao empreiteiro, mas ainda não divulgou os números finais.

"Haverá uma Comissão Arbitral, está a ser constituída, que vai determinar o valor. Temos já uma noção do montante, mas como ainda há alguns pormenores a ser revisto, ainda não temos uma avaliação final", disse autarca, completando.

"Sabemos as nossas obrigações por termos emitido a uma legal licença de construção mas somos pessoas de bem, e certamente resolveremos a situação continuando a trabalhar em conjunto, como tem acontecido".

Confrontada com alguma contestação da população, que considera que as medidas anunciadas ainda não são suficientes, Elisa Ferraz disse "respeitar todas as opiniões" mas mostrou-se irredutível quanto a esta última solução.

"Respeito todas as posições e opiniões, mas fizemos um percurso para chegar a esta solução, e daqui não sairemos", frisou a presidente da Câmara.

Recorde-se que no centro da polémica está um edifício, de quatro andares, para apartamentos, ainda em construção, que os paroquianos alegam que irá tirar visibilidade à Igreja de Caxinas, inaugurada em 1985 junto ao mar, que serve uma população de quase 20 mil pessoas.

Sensível aos protestos da população, a Câmara Municipal de Vila do Conde, que há alguns anos tinha aprovado o projeto, suspendeu, momentaneamente, as obras, até chegar à solução de retirar dois metros de edificado ao prédio, em toda a confrontante com a igreja, de forma a proporcionar um afastamento de 12 metros entre os dois edifícios, e, agora, diminuir o volume do último andar.

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