Von der Leyen pede fim da operação "abominável" de Israel em Gaza

A presidente da Comissão Europeia insta Israel a levantar o “bloqueio severo” de ajuda humanitária em Gaza, que entra na 11.ª semana, condenando também a “escalada e o uso desproporcionado da força” israelita, embora falando de “autodefesa”. Ao Hamas, Ursula von der Leyen exigiu a devolução imediata dos reféns israelitas.

Andrea Neves, correspondente em Bruxelas /
Esta manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, teve uma conversa telefónica com o rei Abdullah II da Jordânia, com quem debateu o “agravamento da situação humanitária em Gaza, que entra agora na sua 11.ª semana sob um bloqueio severo”, indicou o executivo comunitário em comunicado.

Citada pela nota, Ursula von der Leyen argumentou: “A Comissão Europeia sempre apoiou - e continuará a apoiar - o direito de Israel à segurança e à autodefesa, mas esta escalada e o uso desproporcionado da força contra civis não podem ser justificados ao abrigo do direito humanitário e internacional”.

Por isso, “Israel tem de restabelecer imediatamente a prestação de ajuda, em conformidade com os princípios humanitários, com a participação da ONU [Organização das Nações Unidas] e de outros parceiros humanitários internacionais”, instou a responsável.

Para Ursula von der Leyen, “a expansão das operações militares de Israel em Gaza, que visam infraestruturas civis, entre as quais uma escola que servia de abrigo a famílias palestinianas deslocadas, matando civis, incluindo crianças, é abominável”.

A responsável não só pediu que o Governo israelita “ponha imediatamente termo à atual escalada”, como exortou também o grupo islamita palestiniana Hamas a “libertar imediatamente e sem demora os restantes reféns cruelmente detidos desde 7 de outubro de 2023”.


(Com Lusa)
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