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Nuno Melo: "Farei tudo para que Montenegro continue primeiro-ministro"

por Antena 1

O líder do CDS pede que se faça justiça nestas eleições: "Montenegro é mais capaz do que Pedro Nuno Santos e os portugueses têm de fazer essa justiça".

Estas eleições são entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, afirma Nuno Melo, que faz por isso um apelo ao voto na AD. E reforça que Montenegro só governará se ganhar as eleições e não fará coligações com o Chega.
O mais escrutinado e o mais capaz - é desta forma que Nuno Melo encara Luís Montenegro. E diz que, por isso, fará “tudo para que continue primeiro-ministro".
O Chega é “um pedaço de plasticina que se adapta ao discurso do interlocutor que tem pela frente”. A crítica de Nuno Melo ao partido de André Ventura que acusa de, em 15 meses, fazer "cair três Governos de centro-direita e ter votado tudo o que lhe foi apresentado pelos partidos à esquerda”.
Nuno Melo também recusa qualquer comparação entre o CDS e a Iniciativa Liberal. Nuno Melo acusa a IL de “transformar as pessoas no custo de oportunidade das políticas económicas” e afasta-se ideologicamente do partido de Rui Rocha.

O CDS precisa do PSD e o PSD precisa do CDS. Para Nuno Melo a aliança é boa para ambos os partidos e o CDS não está com isso a perder a identidade.

A convicção do líder do CDS que afirma que o “CDS ajudou a levar o PSD ao Governo”.
Sobre a sua liderança do CDS é “até ver”. Nuno Melo determina que será ele a decidir a sua saída e “não quero ser empurrado para ela”.

Marques Mendes ou Paulo Portas? Nuno Melo recusa para já falar sobre as eleições presidenciais. “O CDS a seu tempo decidirá”. Mas então que encontro foi aquele com o Almirante Gouveia e Melo num bar em Lisboa? O líder do CDS explica que se tratou de um encontro normal que em vez de ser feito no Ministério da Defesa, foi num local público.
Ainda enquanto Ministro da Defesa, garante que 2% do PIB para a Defesa não vai interferir no Estado Social. Nuno Melo assegura que “em nenhum momento poderão ser postas em causa as prestações sociais”.

O dinheiro, garante, virá do Orçamento do Estado e do investimento na indústria da defesa que significa retorno para a economia nacional. E recusa que investir na Defesa é preterir outras áreas, considera isso uma “ideia totalmente equívoca”.
Para o ministro da Defesa está fora de questão reabrir a possibilidade do serviço militar obrigatório. “Por enquanto”, ressalva Nuno Melo ao salientar a imprevisibilidade do atual contexto geopolítico. Para já a obrigatoriedade do Serviço Militar é uma possibilidade posta de lado. No entanto Nuno Melo destaca que “qualquer país que seja lúcido tem que lançar cenários e projetar possibilidades”. Mas garante que o Governo português acredita que em vez disso, a “profissionalização das Forças Armadas é o caminho certo”.
O Ministério da Defesa vai aproveitar as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para restaurar edifícios e transformá-los em habitação a custos sociais que podem ser ocupados pelos militares das Forças Armadas.

Nuno Melo relembra que conseguiu multiplicar o montante do PRR inicialmente atribuído à Defesa, de 300 mil euros passou esse valor a 32 milhões de euros.

Estão prontas as grandes opções do Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Nuno Melo explica que estavam prestes a entrar no Parlamento, mas o Governo caiu. Ainda assim acredita que “em maio será das primeiras iniciativas na área da defesa a entregar no parlamento”. Quanto à Lei da Programação Militar, “deve ser revista e melhorada” defende o Ministro.
A Europa deve autonomizar-se em relação aos EUA. Na opinião de Nuno Melo a Europa andou a “externalizar a sua defesa coletiva durante demasiado tempo”, e é agora o momento de produzir e comprar mais na Europa no que aos equipamentos militares diz respeito.

Uma coisa é Trump, outra coisa são os Estados Unidos. O Ministro da Defesa português diz que não confunde o país com a sua Administração. E, por isso, prefere preservar o aliado, entenda-se os Estados Unidos da América.
Entrevista conduzida pela editora de Política da Antena 1, Natália Carvalho.
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