10 de junho: O dia de Portugal e da nova aliança luso-francesa

Pela primeira vez o Dia de Portugal foi comemorado oficialmente dentro e fora do país.
Em Lisboa Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o povo, que soube compreender sacrifícios, e criticou as elites.
Ao fim da tarde cantou a Portuguesa em Paris por entre promessas de solidariedade contra eventuais sanções de Bruxelas e agradecimentos a quem ali vive.

Rui Sá, Hélder Silva, João Fernando Ramos /
Portugal firmou esta sexta feira uma aliança estratégica de peso. François Hollande diz que o nosso país está a cumprir com todas as regras e não deve, tal como a França, ser penalizado por Bruxelas.

Em Paris, onde Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa se juntaram ao presidente francês nas comemorações do dia de Camões, de Portugal e das Comunidades, Hollande assumiu ser mais do que um aliado do nosso país na recusa de sanções por défice excessivo, garantiu que Portugal está a seguir a mesma política que a França, e assumiu que virá a Lisboa em julho, o mês de todas as decisões em Bruxelas.

"António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa estão a dar o exemplo ao país", a afirmação é do social democrata Hermínio Loureiro que elogia a sintonia do discurso e dos objetivos políticos.

No Jornal 2 Manuel Pizarro vai mesmo mais longe e diz que este 10 de junho "é a vitória de uma nova atitude do país perante a Europa, depois de anos de uma postura subserviente".

Portugal e França mostraram sintonia em quase todas as restantes matérias europeias, das políticas de emigração à necessidade refundar a União em torno de valores como os da solidariedade, igualdade e fraternidade. Uma Europa com projeto social diferente da centrada na frieza dos números, dos défices e das dívidas.

No plano interno os Manuel Pizarro e Hermínio Loureiro elogiam em uníssono o enaltecer do povo português e as chamadas de atenção às elites.

Recados que o presidente fez questão deixar bem marcados nas suas intervenções deste 10 de junho.
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