“A Madeira tem muito património, graças a Deus, o património que a Madeira tem é mais do que suficiente para cobrir muitas vezes a sua dívida, o problema é liquidez e nós precisamos, urgentemente, dessa liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso, para poder terminar as obras que estão em curso", afirmou Alberto João Jardim, em Porto Santo no tradicional comício de arranque do ano político na região.


No seu discurso, o presidente do Governo Regional da Madeira, justificou as dívidas da região com o “ataque financeiro” do Governo socialista através da Lei das Finanças Regionais.

Segundo Alberto João Jardim, “antes da Lei das Finanças Regionais, havia apenas oito mil desempregados na Madeira, hoje com a Lei de Finanças dos socialistas, passámos a 17 mil desempregados”.

“Vejam o que esses indivíduos fizeram ao povo de Porto Santo e ao povo da Madeira”, acrescentou.

O líder do PSD Madeira, que há mais de 30 anos preside ao Governo Regional, sublinhou que “tinha a opção de parar tudo ou então enfrentá-los, como enfrentei, e aumentara a dívida da Madeira”.

“Mas eu preferi aumentar a derrapagem financeira para resistir à agressão socialista, até eles caírem como caíram, e agora eu poder negociar com um Governo que é liderado pelo PSD”, declarou.

“Eu não me arrependo da decisão que tomei, caíram os socialistas e agora vamos negociar com o Governo da República”, frisou Alberto João Jardim.

Às centenas de pessoas que assistiam ao comício, o líder do PSD Madeira, frisou “que a restauração das finanças públicas da Madeira é um dos quatro objetivos do programa de Governo com que se apresenta, novamente, às eleições legislativas regionais de 9 outubro, que incluem a manutenção do Estado social, a continuação das obras em curso e a concretização das que foram lançadas, e o alargamento da autonomia”.

No seu discurso, de quase uma hora, Alberto João Jardim não passou ao lado da crise financeira e admitiu ainda estar hoje mais à esquerda do que há 30 anos depois de ver como o sistema capitalista se "degradou".