Em Janeiro de 1975, Freitas do Amaral tinha acabado de fundar o CDS e o primeiro congresso do partido tinha lugar no Porto num período conturbado. Poucas pausas teve a vida política de Freitas do Amaral que fez parte de governos da Aliança Democrática entre 1979 e 1983.
A relação entre Freitas do Amaral e o CDS acabou em 1992. O professor, europeísta, voltou ao lugar de ministro, mas num governo socialista, o de Sócrates, na pasta dos Negócios Estrangeiros, em 2005.
Este quadro não agradou aos centristas que retiraram da sede do partido o retrato do primeiro líder.
Não foi a única convergência de Freitas do Amaral com a esquerda. Já o tinha feito em 1978, numa coligação com Mário Soares, que durou apenas sete meses.
O jurista foi o único português a assumir a Presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas.
As memórias de Freitas do Amaral de 35 anos de democracia foram escritas em três partes.
O professor catedrático morreu aos 78 anos, vítima de cancro. O funeral está marcado para sábado, dia de luto nacional.