O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que foi "cometido um erro grave" sobre o novo aeroporto por parte do ministro das Infraestruturas, erro que Pedro Nuno Santos assumiu com "humildade e que foi "prontamente corrigido".
"O despacho está revogado. Tendo sido definido que o principal partido da oposição seria ouvido, ninguém toma uma decisão a dois dias de entrar em função o novo líder do PSD", Luís Montenegro, observou o líder do executivo
António Costa disse que conhece há muitos anos Pedro Nuno Santos, que este "compreendeu o erro que cometeu e teve humildade de o assumir".
"Tenho a certeza de que o senhor ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] não agiu de má-fé. Compreendeu bem o erro que cometeu. Teve humildade de o assumir publicamente. Teve a humildade de corrigir o erro que tinha cometido", declarou.
Interrogado sobre as condições políticas de Pedro Nuno Santos para se manter no executivo, após ter sido desautorizado na questão da futura solução aeroportuária para a região de Lisboa, o líder do executivo respondeu: "Acho que a confiança está totalmente restabelecida".
"E pronto, espero que não aconteça mais nenhum erro", acrescentou.
Na quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas divulgou que a nova solução aeroportuária para Lisboa passava pela construção de um novo aeroporto no Montijo até 2026 e por encerrar o aeroporto Humberto Delgado, quando estivesse concluído o de Alcochete, em 2035.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, assumiu esta solução em entrevistas à RTP e à SIC Notícias.
Já esta manhã, o primeiro-ministro "determinou ao ministro das Infraestruturas e da Habitação a revogação do despacho ontem [quarta-feira] publicado sobre o novo aeroporto da região de Lisboa".