António Filipe quer fazer "muito diferente" de Marcelo e "falar de questões importantes"

O candidato presidencial António Filipe disse hoje que, caso seja eleito, pretende fazer "muito diferente" do atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e "falar mais de questões realmente importantes".

Lusa /

Em resposta aos jornalistas no final da sua sessão de apresentação de candidatura presidencial, António Filipe foi questionado se tenciona ser a antítese de Marcelo Rebelo de Sousa caso venha a ser o próximo Presidente da República".

"Eu não diria antítese, mas seria certamente muito diferente. Provavelmente, falaria muito menos de questões sem importância e procuraria falar mais de questões realmente importantes, em vez de ter uma atitude de certa forma taticista relativamente à situação política nacional", respondeu o candidato.

António Filipe disse que teria "uma posição de franqueza, de frontalidade" para que os portugueses "percebessem que não estariam perante um Presidente enleado em táticas políticas, mas em alguém que, para além de levar muito a sério o seu mandato, está realmente preocupado em servir o povo português e a democracia".

"E, no âmbito das suas competências, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para cumprir e fazer cumprir a Constituição, que essa é que é que a incumbência fundamental do Presidente da República", frisou.

Antes, no seu discurso, António Filipe considerou que o atual Presidente da República não só está comprometido "com o estado das coisas" no país, como, no "exercício das suas funções, teve muitas vezes um papel ativo, até determinante, para que a democracia portuguesa chegasse ao estado a que chegou".

Depois, enumerou as várias tarefas que considera que um Presidente da República deve desempenhar, frisando que deve "cumprir e fazer cumprir a Constituição" e "não se pode limitar a pairar sobre os problemas, alheio às dificuldades concretas das pessoas e às ameaças que se colocam sobre Portugal e o mundo".

"Uma candidatura a Presidente da República não pode resumir-se a produzir declarações generalistas e inócuas, sobretudo na situação que o país atravessa, porque isso significa que quer deixar tudo na mesma", disse, numa alusão a outras candidaturas presidenciais, que não especificou.

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