Política
Autárquicas 2025
"Aqui ninguém gosta dele". Ventura interpelado no Sabugal
É já na reta final da arruada pelas ruas do Sabugal, no distrito da Guarda, que André Ventura se cruza com duas mulheres ciganas.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
Maria, acompanhada pela mãe, Antónia, grita a palavra “racista”. O líder do Chega aproxima-se.
“Você era o rei de Portugal, você ganhava as eleições com os votos todos dos ciganos, mas não quer”, ouve o líder do Chega, que responde: “Eu quero que todos cumpram regras neste país, não quero ser o rei de nada”, insiste André Ventura.
“Ele é mau. Porque é que ele faz isto?”, questiona Maria mais tarde, em declarações aos jornalistas. "Aqui [Sabugal] ninguém gosta dele. Somos todos PSD. Aqui não ganha”, afirma.
Na campanha do Chega para as legislativas de 2025, os protestos da comunidade cigana marcaram a primeira semana, sobretudo no norte do país. Com a caravana nacional a subir no mapa, o líder do Chega prefere esperar para ver "como corre agora". "O que eu acho importante é, e acho que aconteceu ali, acho que houve respeito mútuo”, acrescenta, questionado pelos jornalistas.
No Sabugal, concelho com o qual diz ter uma relação de proximidade religiosa, André Ventura fez questão de fazer uma pequena paragem na Igreja Matriz para “agradecer a saúde e a força” que tem “tido para esta campanha”, reconhecendo que a “última não correu muito bem”, e chegou a passar uma noite no hospital.