Candidato do PS responsabiliza Câmara por fecho de correios em Coimbra

Coimbra, 12 jul (Lusa) -- O candidato do PS à Câmara de Coimbra, Manuel Machado, responsabilizou, na noite de quinta-feira, o presidente da Câmara pelo fecho de estações de correios na cidade e concelho.

Lusa /

Foram encerrados em Coimbra, nos últimos tempos, "nove estações e postos dos correios", disse Manuel Machado, considerando "inaceitável que os cidadãos e a instituição municipal não se tenham oposto a essa prática".

O presidente da Câmara, "Barbosa de Melo, é conivente com o fecho de estações de correios" em Coimbra, "deixou que fossem encerradas, por conivência e não por qualquer outra razão", sustentou o candidato do PS.

Quem é "corresponsável por estes atos da administração dos CTT em Coimbra" não pode continuar à frente da Câmara", defendeu Manuel Machado, considerando que "a postura do presidente da Câmara em funções contribui para eximir o Estado das suas responsabilidades".

O presidente do município de Coimbra, o social-democrata João Paulo Barbosa de Melo, "está a assistir sentado" à "destruição do serviço postal", afirmou.

"Barbosa de Melo não está à altura de continuar à frente da Câmara, porque foi alertado" sobre as intenções da administração dos CTT relativamente ao encerramento de estações e postos de correios em Coimbra e "foi conivente", acusou Manuel Machado, defendendo que o autarca "tem de ser responsabilizado".

O candidato do PS garantiu que, se for eleito presidente da Câmara, não permitirá esta situação, salientando que "a administração [dos CTT] será convidada a explicar e a corrigir o erro no dia seguinte" ao fecho de uma estação ou posto de correio, e, "se não o fizer, será o ministro da tutela convidado" a fazê-lo.

"Se isso não acontecer", se o erro não for corrigido, "teremos de acertar contas" e "se não for de outro modo" será "à machadada", assegurou.

Manuel Machado observou que "há terrenos onde foram edificados edifícios dos correios que são do município" de Coimbra e que foram cedidos "para esse" e "não para outro" efeito.

Por "facilitismo ou poupança de tostões, é inadmissível que se entregue a distribuição de correio ao quiosque da esquina", realçou, referindo-se à deslocalização de serviços de correios para estabelecimentos comerciais.

Para o candidato do PS, o "povo tem de reagir", defendendo que os serviços postais são um "serviço público que tem de ser garantido pelo Estado" e que "os socialistas têm de lutar" e de se afirmar "totalmente contra a política do fecha-fecha".

Manuel Machado falava, esta noite, no Café Santa Cruz, na Tertúlia Fernando Valle, promovida pela Federação Distrital de Coimbra do PS, em que também participaram Pedro Coelho, fundador do PS e ex-presidente do conselho de administração dos CTT, Pedro Coimbra, líder desta federação, e Manuel Pereira.

Além de Manuel Machado, anunciaram a sua candidatura à Câmara de Coimbra nas eleições de 29 de setembro o atual presidente do município, João Paulo Barbosa de Melo (coligação PSD/PPM/MPT), os vereadores eleitos pelas coligações PSD/CDS/PPM e CDU, Luís Providência (CDS-PP) e Francisco Queirós (PCP), respetivamente, o advogado José Augusto Ferreira da Silva (movimento Cidadãos Por Coimbra) e o músico luso-brasileiro Cláudio Trindade, pelo PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza).

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