Carneiro aposta na "estabilidade política" e aponta à viabilização do Orçamento: "Ninguém quer uma crise"

A campanha eleitoral está na rua e, no combate político, o líder do PS tem aproveitado para criticar Luís Montenegro e a AD em matérias como a habitação, a saúde ou as pensões, mas, a poucos dias de o Orçamento do Estado (OE) dar entrada no parlamento, José Luís Carneiro deixa antever que os socialistas estão preparados para dar "luz verde" ao documento.

João Alexandre /

Foto: Tiago Petinga - Lusa

"É mais fácil [a viabilização do OE], considerado que o Governo e o primeiro-ministro deixaram de parte matérias que para nós eram vitais, como os direitos laborais, os Serviço Nacional de Saúde ou a proteção social", disse, à margem de uma ação de campanha na Lourinhã, onde marcou presença para dar apoio ao candidato Brian Silva.

E, para que dúvidas não restassem, o secretário-geral do PS esclareceu: "Ninguém quer mais uma crise política no país e nós queremos contribuir para a estabilidade política, mas não deixaremos de avaliar de uma forma muito clara, muito concreta a proposta de Orçamento", sublinhou.

Mas, no dia em que completou 54 anos de vida, além de celebrar junto dos socialistas - numa celebração com direito a música e à oferta de uma garrafa de conhaque -, José Luís Carneiro também quis deixar um aviso sobre os anúncios feitos por Luís Montenegro em tempo de campanha.

"As pensões mais baixas, as pensões que correspondem a cerca de 520 euros por mês - e extraindo, sublinho, extraindo o Complemento Solidário para Idosos -, terão perdas durante 2026", assinalou o líder do PS, que apontou a um objetivo repetido ao longo da última semana: "Aumentar as pensões mínimas de forma estrutural e duradoura e não, pelo contrário, baixar as pensões mínimas".

Depois da Lourinhã, o líder do PS rumou a Santarém, para um jantar-comício com o apoio do ex-ministro Vieira da Silva e no apoio ao candidato Pedro Ribeiro.
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