O comunicado do CGI, citado pela agência Lusa, sublinha que "a razão primeira e central [da proposta de destituição apresentada ao acionista Estado] é a débil qualidade do projeto estratégico para a RTP, por duas vezes apresentado" pelo CA.

Voltando a centrar a discussão no projeto estratégico, o CGI aponta a esvaziar o Parecer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), ao menos no que se refere aos motivos para a destituição do CA.

A ERC dera ontem razão ao alerta dos cinco diretores de conteúdos da estação sobre uma alegada ingerência do CGI em matérias de decisão editorial. Dera-a, aliás, com invulgar unanimidade e veemência, referindo-se a um risco de "grave violação da independência e autonomia editorial".

Inconformado com o Parecer da ERC, o CGI reitera, ainda assim, que o CA deveria ter-lhe comunicado a proposta sobre os direitos de transmissão da 'Champions': "O CGI entende que o Conselho de Administração da RTP lhe devia ter 'comunicado' que formalizara em 10 de novembro uma proposta de aquisição de direitos à UEFA. O CGI considera inadmissível ter sabido da proposta pela imprensa a 20 de novembro".