Chega espera "fenómeno" no Entroncamento, acredita em "renascimento" da direita

As palavras de Pedro Passos Coelho ao pequeno-almoço, a defender que não devem existir linhas vermelhas sobre eventuais entendimentos autárquicos, ainda são tema de conversa à hora do lanche.

Teresa Borges /
É durante uma pausa para café, em plena ação de campanha no Entroncamento, que, questionado pelos jornalistas, o líder do Chega considera que as declarações mostram que há um “renascimento da direita” e elogia a “evolução” do antigo primeiro-ministro social democrata, em contraste com um PSD que acusa de estar “adormecido”.

A frase é importante porque o que eu acho que mostra é que está a haver um renascimento da direita em Portugal”, sublinha Ventura.

Não é uma questão de barreiras partidárias, é uma questão de que a direita tem que se assumir naquilo que é, firme no combate à corrupção, firme no combate à imigração legal, firme pela segurança, mesmo quando isto custa à esquerda, firme na defesa das pessoas que trabalham, contra as minorias que não trabalham”.

Já sobre a reação de Luís Montenegro, que considerou que é “ruído" introduzir nesta fase da campanha o tema da governabilidade pós-autárquicas, André Ventura reforça as críticas.

Nós quando vemos o professor Cavaco Silva entrar nas campanhas achamos muito bem, porque diz aquilo que a esquerda e que a direita fofinha querem. Quando vemos o doutor Pedro Passos Coelho entrar, aí já não interessa e é ruído, quer dizer, só mostra como o PSD está adormecido”, aponta o presidente do Chega.

A caravana nacional do Chega parou esta terça-feira no Entroncamento, distrito de Santarém, para aquela que foi a arruada mais participada do partido até agora. Ventura espera que, no próximo domingo, aconteça “o fenómeno do Entroncamento”.

Já ganhámos nas legislativas, vamos ganhar agora também nas autárquicas”, diz o líder do Chega no final da ação de campanha, que começou perto da Câmara Municipal e terminou junto à estação ferroviária.
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