Mário Cruz - Lusa
O presidente do Chega defendeu esta tarde a utilização temporária das infraestruturas do aeródromo militar de Figo Maduro para receber passageiros de voos civis e adiantou que o partido vai pedir a presença do ministro da Administração Interna no parlamento.
O líder do Chega adiantou que o partido "vai chamar também, com caráter de urgência, o ministro da Administração Interna ao parlamento para que se possa debater de forma séria e consistente esta matéria".
E deixou em aberto que tal poderá acontecer "ou através de um debate de urgência potestativo ou através de uma chamada à comissão de forma potestativa".
"O ministro da Administração Interna sabia há dois meses atrás e há três meses atrás que o verão ia retomar o turismo, porque sempre foi assim, mesmo nos anos de pandemia", que "Portugal ia continuar a ser um destino procurado" e que o SEF "não estava em condições de responder ao problema".
"O que é que fez? Absolutamente nada e agora lança a culpa para o SEF", criticou, acusando José Luís Carneiro de ter tido uma "atitude prepotente".
Uma delegação do Chega visitou hoje o Aeroporto de Humberto Delgado, em Lisboa, na sequência das longas filas de espera que se registaram nos últimos dias no controlo de passeiros nas chegadas.
O líder do partido de extrema-direita assinalou que esta situação deriva da "estrutura do próprio aeroporto" mas também "da falta de meios no SEF, que é gritante" e que levou aquele serviço a "pela primeira vez pedir apoio à PSP para o controlo de fronteiras".
"O que ouvimos hoje foi preocupante, um SEF que diz não ter recursos, não ter meios e que está a pedir apoio à PSP", afirmou, defendendo que "é importante fazer alguma coisa e não simplesmente dizermos o aeroporto não dá, o SEF vai ser extinto e portanto aguentem-se".
Questionado sobre como poderá ser feita a articulação para o Aeródromo de Trânsito n.º 1 de Figo Maduro, uma infraestrutura militar, receber civis, André Ventura defendeu que "em momentos de crise como esta, como acontece noutras áreas", é possível "chamar também os militares a participar nesse esforço de controlo das fronteiras, nomeadamente em tempos de maior congestionamento".
c/Lusa