Chega quer bastiões em Elvas e Monforte. Em Portalegre já se fala no "Venturazão"

André Ventura arranca o sexto dia de campanha a jogar em casa. Em Elvas, onde o Chega conquistou a maior percentagem de votos nas legislativas antecipadas de maio (43,51%), a aposta é assumida.

Teresa Borges - Antena 1 /

Foto: Teresa Borges

“Acho que este vai ser um bastião do Chega e acho que, sinceramente, vai ser um bastião do Chega durante muitos anos”, antevê Ventura em declarações aos jornalistas.

O candidato à Assembleia Municipal partilha a mesma opinião, e, durante uma curta arruada no concelho do Alto Alentejo, não hesita em declarar, numa alusão a um antigo-primeiro-ministro do PSD, que Elvas pode chamar-se “Venturazão”.

A caravana do Chega seguiu depois para Monforte, outro dos concelhos onde o partido foi o mais votado. E a convicção mantém-se. “Toda a gente diz que vamos ganhar isto [Monforte]”, afirma André Ventura, em conversa com o candidato do partido ao Município, David Romão.

Nas duas localidades, o presidente do Chega vira o discurso para uma bandeira antiga: os “problemas” com a comunidade cigana. “Os ciganos tomaram conta desta terra […] Quiseram usar esta terra para se apropriar de benefícios e aterrorizar os que aqui vivem”, refere André Ventura, no final de uma ação de contacto com a população. “Vocês não são racistas e eu não sou racista, nós queremos que eles cumpram regras”, diz o líder do Chega na despedida do Alentejo.
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