Política
Christine Ourmières-Widener. Comissão de inquérito ouve CEO cessante da TAP
A ainda presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, é ouvida esta terça-feira em sede de comissão parlamentar de inquérito, após ter contestado a exoneração anunciada pelo Governo, na sequência do caso da indemnização atribuída à ex-administradora Alexandra Reis.
A gestora é a terceira personalidade, de uma lista de cerca de 60, a ser ouvida pela comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda.
A atual administração da TAP tem sido alvo de muitas polémicas desde a tomada de posse, no verão do ano passado.
Além da contestação dos trabalhadores sobre o plano de reestruturação, destaque também para a compra de uma frota de automóveis topo de gama e a contratação de uma amiga pessoal da presidente para um cargo de direção.
A ainda presidente executiva da TAP contestou o despedimento e acusou o Governo de ter tido “pressa política” para a demitir, segundo a contestação da defesa, citada pela TVI/CNN.
Na semana passada, foram ouvidos os responsáveis da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que afirmaram que a presidente executiva e o presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, têm responsabilidade no caso da indemnização a Alexandra Reis por terem assinado o único documento oficial. A Inspeção-Geral de Finanças concluiu ainda que o Governo teve uma intervenção no processo de saída de Alexandra Reis da TAP. Os inspetores mencionaram o ex-ministro das Infraestrutura, Pedro Nuno Santos, e o ex-secretário de Estado, Hugo Mendes. Mas na comissão de inquérito, o inspector-geral afastou responsabilidades aos membros do governo ao considerar que atuaram acreditando na conformidade legal.
Foi também já ouvido o administrador financeiro da companhia aérea, Gonçalo Pires, que assegurou não ter tido qualquer envolvimento no processo da indemnização, apesar de tutelar as contas da empresa.
O administrador financeiro da companhia aérea acrescentou que o valor estava e dentro do orçamento dos Recursos Humanos.
Na mesma audição, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua revelou que o antigo gestor Max Urbahn, administrador executivo entre 2016 e 2017, quando a TAP era privada, recebeu 1,35 milhões de euros num acordo de pré-reforma.
A companhia aérea já cancelou o contrato, mas ainda não conseguiu recuperar o dinheiro.
O Governo anunciou, em 6 de março, que a IGF tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos 45 mil euros. Os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram também a exoneração com justa causa da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.
A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada em 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Em dezembro, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado, levando a uma remodelação no Governo, incluindo a saída de Pedro Nuno Santos, que foi substituído por João Galamba. Entre a saída da TAP e a ida para o Governo, Alexandra Reis foi ainda presidente da NAV Portugal – Navegação Aérea.
Numa declaração escrita enviada à Lusa, em dezembro, Alexandra Reis disse que o acordo de cessação de funções “como administradora das empresas do universo TAP” e a revogação do seu “contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais”.
c/ Lusa
O Governo anunciou, em 6 de março, que a IGF tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos 45 mil euros. Os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram também a exoneração com justa causa da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.
A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada em 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Em dezembro, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado, levando a uma remodelação no Governo, incluindo a saída de Pedro Nuno Santos, que foi substituído por João Galamba. Entre a saída da TAP e a ida para o Governo, Alexandra Reis foi ainda presidente da NAV Portugal – Navegação Aérea.
Numa declaração escrita enviada à Lusa, em dezembro, Alexandra Reis disse que o acordo de cessação de funções “como administradora das empresas do universo TAP” e a revogação do seu “contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais”.
c/ Lusa