Costa reafirma vitalidade da atual solução de governo

por RTP

Foto: Lusa

Em resposta a Francisco Assis, que este sábado contestou a solução de governo com a esquerda, o secretário-geral do partido reafirmou aos jornalistas que a "geringonça" tem demonstrado vitalidade e apresentado soluções para vários problemas do país.

António Costa realçou ainda a estabilidade do acordo com a esquerda, garantindo que a solução "é para continuar".

Em discurso no congresso, Assis mostrou-se contra a atual solução governativa, mas deixa elogios a António Costa como chefe do Governo. Na próxima legislatura, Francisco Assis considera que o partido deve governar sozinho.

O Congresso do PS continua este domingo. A sessão de encerramento inclui um discurso de António Costa pela hora de almoço.

A partir das 09h00, os cerca de 1.800 delegados presentes no 22º Congresso Nacional do PS, na Batalha, distrito de Leiria, por voto secreto, escolhem entre as listas para a Comissão Nacional (o órgão máximo partidário entre congressos) apresentadas pelo dirigente socialistas Daniel Adrião e pelo líder, António Costa.

A Comissão Nacional do PS é composta por 251 membros efetivos e Daniel Adrião alcançou em 2016 uma votação na ordem dos 8%, duplicando o resultado que registara na votação das diretas para secretário-geral.

Na manhã de hoje, os delegados socialistas elegem ainda, igualmente por voto secreto, as comissões nacionais de Fiscalização Económica e Financeira e a de Jurisdição.

Ainda em relação à manhã do último dia, os delegados assistem à apresentação de 24 moções setoriais, uma delas da autoria do dirigente Pedro Nuno Santos, e votam dois projetos alternativos de revisão dos estatutos.

O projeto de revisão dos estatutos da direção do PS abre a próxima eleição direta do líder, em princípio em 2020, ao voto de simpatizantes.

Já o projeto de Daniel Adrião prevê a realização de eleições primárias, abertas a todos os cidadãos, para a totalidade dos cargos de representação externa, como o de primeiro-ministro, candidatos a deputados, eurodeputados ou a presidências de câmaras.

Mais do que sobre a discussão sobre o posicionamento ideológico do partido travada ao longo dos trabalhos de sábado, durante o segundo dia do Congresso, António Costa tem aproveitado sempre os seus discursos de encerramento para se pronunciar sobre as principais que se colocam ao país.

Assim, o atual primeiro-ministro deverá indicar alguns dos caminhos que o seu Governo se prepara para seguir até ao final da legislatura em outubro de 2019.
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