Cotrim empenhado em vencer "ideias retrógadas" do Chega recusa-se a comentar cartazes de Ventura

O candidato presidencial João Cotrim Figueiredo mostrou-se hoje empenhado em combater e vencer as "ideias retrógradas" do Chega durante a campanha, recusando-se a comentar o inquérito judicial aos cartazes do seu adversário André Ventura.

Lusa /

"Se alguém põe cartazes para que se fale neles, não vou contribuir para isso, e não gosto de ganhar na secretaria. Vamos ganhar a essas ideias retrógradas na campanha", disse o candidato apoiado pela IL à margem da cerimónia de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Cotrim Figueiredo recusou-se a comentar uma ideia defendida pelo almirante Gouveia e Melo de que os partidos pretender pôr "cavalos de Troia" no palácio de Belém para depois poderem influenciar as decisões.

"De cavalos de Troia, o senhor almirante, com o seu conhecimento de história militar, sabe mais do que eu, de certeza. Serei o mais independente de todos os candidatos, como já tenho demonstrado no meu trajeto", sublinhou.

O ex-líder liberal afirmou que as suas decisões serão tomadas tendo em conta o interesse dos seus eleitores, "e não quaisquer outros" que possam querer influenciá-lo. "Sou candidato presidencial acima do partido de que sou originário", salientou.

Cotrim recusou-se também a comentar a polémica com a vereadora do partido em Sintra, a quem foi retirada a confiança política pela direção após ter aceitado entrar numa coligação com o Chega, embora deixando a ideia de que "nenhuma confusão ética na política é desejável".

O ex-líder da IL desejou ainda o maior sucesso a Carlos Moedas, considerando que "quanto melhor correr o seu mandato, melhor será para todos".

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito, na sequência de várias denúncias, aos cartazes do Chega sobre o Bangladesh e a comunidade cigana, revelou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

"Confirma-se apenas a receção de denúncias, as quais deram origem a inquérito que se encontra em investigação", respondeu hoje à Lusa fonte oficial da PGR.

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