Cotrim Figueiredo vê paralelismos entre casos Marques Mendes e Spinumviva

O candidato presidencial João Cotrim Figueiredo apontou hoje paralelismos entre a recusa de Marques Mendes explicar "709 mil euros" ganhos na Abreu Advogados e o caso Spinumviva que envolve o primeiro-ministro, defendendo que os candidatos têm obrigação de transparência.

Lusa /
Rodrigo Antunes - Lusa

"Penso que por altura da discussão das questões de censura que foi apresentada no parlamento a propósito do caso de Spinumviva, Marques Mendes exigiu que fossem feitos esclarecimentos que ele considerou essenciais, portanto, este caso tem todas as analogias e todos os paralelos", apontou o candidato às eleições presidenciais João Cotrim Figueiredo, questionado pelos jornalistas, após uma visita a um quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Em causa está uma notícia da revista Sábado a avançar que o candidato à Presidência da República com o apoio dos partidos do Governo, Luís Marques Mendes, recusa esclarecer como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

 

"Penso que por altura da discussão das questões de censura que foi apresentada no parlamento a propósito do caso de Spinumviva, Marques Mendes exigiu que fossem feitos esclarecimentos que ele considerou essenciais, portanto, este caso tem todas as analogias e todos os paralelos", apontou o candidato às eleições presidenciais João Cotrim Figueiredo, questionado pelos jornalistas, após uma visita a um quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Em causa está uma notícia da revista Sábado a avançar que o candidato à Presidência da República com o apoio dos partidos do Governo, Luís Marques Mendes, recusa esclarecer como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.

"Há paralelismos e eu recordo-me que até o próprio candidato Marques Mendes fez questão de dizer na altura, em relação ao caso que envolveu o primeiro-ministro Montenegro, que era muito importante, era essencial, que o primeiro-ministro esclarecesse todos os contornos daquele caso", vincou Cotrim Figueiredo.

Para o candidato apoiado pela IL, "os candidatos presidenciais têm a obrigação de ser o mais transparentes possível relativamente ao seu percurso político e ao seu percurso profissional" e que é do interesse dos próprios candidatos que esclareçam quais têm sido as suas relações profissionais, sobretudo as que "possam constituir conflitos de interesses".

Desta forma, acrescentou, evitam-se quaisquer suspeitas sobre os candidatos.

Segundo a Sábado, em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024, valores que Marques Mendes não explica relativamente à origem exata dos honorários e sobre possíveis conflitos de interesses.

Através da assessoria, Marques Mendes respondeu à Sábado que "são questões a que só a Abreu Advogados pode responder, se o entender fazer", enquanto a sociedade de advogados afirmou que não comenta vencimentos nem matérias cobertas por segredo profissional, acrescentando que disponibiliza informação "objetiva e transparente" no seu site.

Sobre a Spinumviva, empresa familiar do primeiro-ministro, questionado sobre a expetativa quanto à decisão da averiguação preventiva prometida pelo procurador-geral da República para antes do Natal, Cotrim Figueiredo disse esperar que esse prazo anunciado "voluntariamente" seja cumprido.

"E que, desta vez, talvez não recorra a figuras de estilo e de discurso tão coloridas como "presentes de Natal", porque eu acho que não é isso que se espera de um procurador-geral", mas sim que "contribua para a confiança dos cidadãos na Justiça e, sobretudo, para a confiança em que a atuação do Ministério Público se pauta pelas mais transparentes e claras regras de prioridade de investigação judicial e não por qualquer outro motivo", vincou.

 

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