Política
Entre Políticos
Da esquerda à direita todos concordam: o 25 de novembro não pode ser equiparado ao 25 de abril
PS, CDS e IL, todos concordam que o 25 de novembro e o 25 de abril não são comparáveis. Ana Gomes, na altura militante do MRPP, também recusa a equiparação.
Fotos: Jorge Carmona
“Acho absurdo pôr-se o 25 de novembro no mesmo plano do 25 de abril”, considera Ana Gomes.
No entanto, na opinião da socialista “o 25 de novembro foi uma concretização do 25 de abril contra aqueles que queriam desviar o curso democrático da revolução do 25 de abril”.
Autonomizar o 25 de novembro do 25 de abril? Isso não faz sentido
O Partido Socialista defende que os 50 anos do 25 de novembro fazem parte dos 50 anos do 25 de abril. Para Filipe Costa, do Secretariado Nacional do PS, o partido "nunca desvaloriza o 25 de novembro, mas houve todo um histórico desde o 25 de abril”.
Filipe Costa também defende que graças ao 25 de novembro “conseguimos consolidar a democracia”. Porém, “o que não faz sentido é tentar equiparar, autonomizando, como se o 25 de novembro não estivesse relacionado com o 25 de abril”.
25 de novembro não se compara ao 25 de abril. “Isso é outra conversa”
O 25 de novembro ser tão importante como o 25 de abril? “Eu com isso não estou de acordo... mas isso é outra conversa”, atira Ribeiro e Castro.
O antigo Presidente do CDS relembra: “o que é que se fez a seguir? A Democracia. O 25 de novembro permitiu que o país, calmamente, entrasse no ciclo de fundação democrática da Democracia”.
Os dois 25’s: “não há equiparação”
“Sedimentou esse processo de democratização. Por isso é que se fez o 25 de abril”, afirma Rodrigo Saraiva, deputado da IL.
E acrescenta: “não há uma equiparação”, mesmo que este ano se realizem comemorações nacionais, inclusive na Assembleia da República, que vão assinalar o 25 de novembro. PS e IL aproveitaram o debate no Entre Políticos, acerca do 25 de novembro, para destacar alguns receios relativos à democracia com o crescimento da extrema-direita em Portugal e na Europa.
Filipe Costa, do PS, entende que “há um revisitar da História com o Chega a invocar Salazar” e Rodrigo Saraiva, da IL, avisa que “vivemos um ataque muito forte à Democracia”.
O programa Entre Políticos foi moderado, nesta edição, pela editora de política da Antena 1, Natália Carvalho.