De Portugal a França. Espanha quer pacto devido aos incêndios

O primeiro-ministro espanhol insiste no "pacto de Estado face à emergência climática", mas "não se vai deter apenas nas nossas fronteiras". Pedro Sánchez lembra "os incêndios que sofremos este ano também os sofreu Portugal" e afirma que "vamos propor ao Governo português e ao Governo francês que possamos trabalhar conjuntamente nesse pacto".

Cristina Santos - RTP /
EPA

A proposta é realizar um trabalho conjunto para definir “um pacto de Estado face à emergência climática". Sem detalhar a ideia do pacto, Pedro Sánchez considerou que o impacto das alterações climáticas foi um dos fatores para a dimensão e a violência dos fogos deste verão, os maiores de que há registo em Espanha.

Em Madrid esta segunda-feira, durante a apresentação de dez medidas que propõe a todos os partidos em Espanha, Pedro Sánchez sublinhou que "as alterações climáticas matam". 

Por isso, condena os discursos que negam as alterações e defende que é preciso "fazer de tudo menos marcha atrás na transição ecológica".
Para o líder do governo espanhol os incêndios deste verão “não são fruto do acaso nem de um complô piromaníaco”.
Há outras razões para os fogos, afirma o prumeiro-ministro espanhol. Por exemplo, a gestão "não adequada" do território, com zonas florestais "carregadas de biomassa", caminhos sem corta-fogos ou falta de espécies de árvores autóctones ou resistentes às chamas.

Pedro Sánchez reconhece que a "política de prevenção é claramente insuficiente" e deu como exemplo a falta de planos com esse objetivo ou corpos de bombeiros e de sapadores florestais em número insuficiente.
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