Depois da polémica do Governo com a amamentação, JSD quer licença parental de 180 dias paga a 100% e regresso do quociente familiar

É uma espécie de "guião para a próxima década". A Juventude Social-Democrata vai entregar este domingo ao primeiro-ministro, na Universidade de Verão do PSD, um pacote de medidas de apoio à família e à natalidade, dando "mais liberdade a quem quer ter filhos".

Inês Ameixa - Antena 1 /

Foto: AFP

Em declarações à Antena 1, o presidente da JSD, João Pedro Louro, destaca uma delas: "A licença parental de 180 dias paga a 100%, com liberdade para a família repartir essa licença como bem entender. Consideramos que temos de ir ao encontro da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que recomenda a amamentação exclusiva por parte da mãe até aos seis meses e, por isso, temos de dar condições à mãe, se puder e entender fazê-lo, de conseguir ter esse tempo para amamentar em exclusivo". É uma proposta da JSD que surge poucas semanas depois da polémica relacionada com uma proposta do Governo, precisamente na área da amamentação.

Além disso, a "jota" propõe também o regresso do quociente familiar, permitindo que cada filho conte como uma pessoa inteira no IRS. Ou seja, explica o também deputado do PSD, "permitir, na contabilização do rendimento colectável, que as crianças contem como uma pessoa inteira, permitindo assim um alívio fiscal às famílias com filhos, tendo mais rendimento disponível face às despesas inerentes".

João Pedro Louro explica à Rádio Pública que o pacote de medidas "Portugal que Nasce" é entregue este domingo ao primeiro-ministro, que encerra às 12h a Universidade de Verão do PSD, que decorreu toda a semana em Castelo de Vide, em Portalegre.

A ideia é que as propostas da "jota" possam ser implementadas, mas com "responsabilidade": "Temos a postura responsável de sabermos que estas medidas têm um forte impacto orçamental, por isso o nosso grande objectivo é apontar o caminho e apresentar um guião ao primeiro-ministro para a próxima década", sublinha o deputado social-democrata, que acrescenta: "Que na próxima década consigamos que estas medidas vejam a luz do dia, porque são definitivamente determinantes para termos um Estado e um país mais amigo das famílias e mais amigo das crianças".
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