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Dijsselbloem verbalizou a opinião dominante na Alemanha: O Sul esbanjou dinheiro.

por Rui Sá, Duarte Valente, João Fernando Ramos

Portugal, Espanha e Itálica são claros. Jeoren Dijsselbloem deve deixar a presidência do Eurogrupo.
Apoio ao ainda ministro das finanças holandês só da Alemanha.
O jornalista alemão Miguel Szymanski, comentador habitual de assuntos internacionais do Jornal 2 afirma que "esta tem sido a forma como a Alemanha, e o ministro Wolfgang Schauble, de quem Dijsselbloem é fiel discípulo, tem visto o que se passou nos países da Europa do Sul"
O ministro das finanças holandês considerou que os povos do sul gastam o dinheiro em copos e mulheres. Não se demite, mas admite que foi mal interpretado.

"Quando Dijsselbloem dá esta entrevista diz expressamente que está sintonizado com Schauble (ministro das finanças alemão) e Draghi (presidente do Banco Central Europeu), na ideia de que os países do sul esbanjaram dinheiro de forma irresponsável", clarifica no Jornal 2 Miguel Szymanski.

O comentador, que é correspondente em Portugal de diversas publicações de referência alemãs, lembra que "esta é também a imagem que os media alemães passam constantemente. O que nunca explicam é que esse dinheiro foi irresponsavelmente disponibilizado pelo sistema financeiro, em especial os bancos alemães".

O comentador de política internacional recorda que há traços de "má educação" na forma como o presidente do Eurogrupo se expressou. "Está ferido de morte com a derrota do seu partido nas eleições holandesas. É uma saída pela porta mais pequena possível", diz afirmando que "não foram os cidadãos portugueses que pagam por uma garrafa e vinho o que um holandês, ou um belga, pagam por um café, que causaram esta brutal crise de endividamento".

O comentador aponta o dedo aos políticos, em especial os governantes, que efetivamente gastaram acima das possibilidades dos seus países, e com isso garantiram cargos junto das instituições que fizeram os empréstimos e hoje ganham com os juros.
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