Em entrevista à RTP. Inês Sousa Real diz que PAN é "a força política que mais tem trabalhado"

A líder do Pessoas-Animais-Natureza acusou os grandes partidos de não estarem à altura dos desafios que o país enfrenta e garante que o seu partido tem sido "a força política que mais tem trabalhado" na Assembleia da República. Em entrevista à RTP, Inês Sousa Real disse que a sobrevivência política não está em jogo nas eleições de 18 de maio e considerou que "são difíceis convergências com o Governo de Luís Montenegro".

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Foto: João Marques - RTP

O Telejornal começou esta segunda-feira uma série de entrevistas aos líderes partidários em campanha eleitoral para as eleições antecipadas de 18 de maio, tendo sido Inês Sousa Real a primeira convidada.

Confrontada pelo jornalista Vitor Gonçalves sobre os resultados das sondagens que apontam para uma dificuldade do PAN de eleger um deputado para o Parlamento, a líder do partido desconsiderou as previsões afirmando que o partido "cresceu nas últimas eleições" com "mais 50 por cento dos votos" face ao ano anterior.

"Temos que ter em consideração que temos sido a força política que mais tem trabalhado e feito aprovações na Assembleia da República", afirmou Inês Sousa Real.

A líder do PAN reconheceu que "como deputada única" tem tido "muitos obstáculos e dificuldades", mas disse ser a deputada que leva ao Parlamento as preocupações dos portugueses com a crise climática, a violência doméstica ou a proteção animal. 

Em entrevista à RTP, Inês Sousa Real disse que as propostas do PAN visam cuidar dos animais e das pessoas, nomeadamente das vítimas de violência doméstica, que é umas das principais causas defendidas pelo partido. Entre as principais medidas do PAN destaca-se a defesa de um SNS animal.
"Difícil haver convergência com o Governo de Montenegro"

Sobre o possível entendimento do PAN com a AD ou o PS, a líder do partido não revelou proximidade com nenhuma das duas principais forças políticas.

Se, por um lado, considerou que seria dificil encontrar uma convergência com o Governo de Luís Montenegro, que acusa de recuar anteriormente em algumas medidas, como o aumento do IVA para as touradas, por outro, disse não poder "ignorar que o Partido Socialista não acompanhou o PAN no IVA Zero para os bens alimentares".

Questionada sobre se se mantém na liderança do partido caso não seja eleita a 18 de maio, Inês Sousa Real disse estar confiante nos votos dos portugueses para garantir não só a sua reeleição como a eleição de um grupo parlamentar. Caso a meta traçada pela líder do partido falhe, disse que retirará consequências políticas após as eleições autárquicas de setembro.
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