Escutas indicam que Sócrates desconhecia plano para controlo da comunicação social - fonte do processo
Lisboa, 18 fev (Lusa) - O procurador geral da República considerou no seu despacho sobre as escutas do caso Face Oculta que nas referências feitas ao primeiro ministro não existe uma só menção de que José Sócrates tenha proposto, sugerido ou apoiado qualquer plano de interferência na comunicação social, disse fonte conhecedora do processo.
No mesmo despacho de arquivamento, adiantou hoje a mesma fonte à agência Lusa, o procurador geral da República (PGR), Pinto Monteiro, refere que das escutas telefónicas feitas no âmbito do processo Face Oculta não resulta sequer que o primeiro ministro, José Sócrates, tenha proposto, sugerido ou apoiado a compra pela PT de parte do capital da PRISA [que detém a TVI], tal como não se mostram claras as circunstâncias em que teve conhecimento do alegado negócio.
Pelo contrário, o PGR considera que nas escutas há informação de descontentamento do primeiro ministro, resultante de não terem falado com ele acerca da alegada operação.