Facebook do Chega vedado pela Meta durante mais de dez anos

por RTP
Foto: José Sena Goulão - Lusa

A empresa Meta, proprietária do Facebook e Instagram, restringiu a conta do Chega durante dez anos, mas a empresa do multimilionário Mark Zuckerberg não explica o motivo que a levou a adotar esta medida. O partido de André Ventura diz-se vítima "de uma perseguição inqualificável e sem precedentes".

De acordo com o jornal Correio da Manhã deste domingo, em causa poderá estar a publicação de um vídeo, na conta do Chega na rede social Facebook, sobre uma mulher, em conjunto com outros sete familiares, em fevereiro, que agrediu e rapou o cabelo da mãe para raptar duas filhas menores à guarda da avó por decisão judicial.

O partido não gostou da “punição”. Em comunicado enviado às redações, refere que é “absolutamente incompreensível” esta restrição durante 3.649 dias.O Chega diz-se vítima “de uma perseguição inqualificável e sem precedentes a um partido político em Portugal".

"Já por diversas vezes a Meta tentou interferir na liberdade de expressão que é conferida a qualquer partido político, mas desta vez foi longe demais", reage o partido.

"Esta é uma decisão claramente ilegal e inadmissivelmente limitadora da atividade política de um partido e, por isso, o Chega vai recorrer judicialmente desta decisão".

O partido de André Ventura não exclui a possibilidade de terem existido "pressões políticas que levaram a Meta a tomar esta decisão" e refere, no mesmo comunicado, a intenção de levar "o assunto ao Parlamento para devolver ao Chega a sua liberdade de expressão política a que qualquer partido tem direito num país democrático".

O certo é que a conta de Facebook do Chega fica impedida de publicar imagens, vídeos ou diretos, entre outras ações, durante mais de dez anos.
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