Faro em escolha. Habitação, espaço público, mobilidade e segurança no centro do voto

Depois de 16 anos de liderança dos sociais-democratas, Faro aproxima-se de mais uma decisão eleitoral e a disputa promete ser renhida.

Tatiana Felício - Antena 1 /
PS, Coligação “Faro, Capital de Confiança” (PSD, IL, CDS-PP, PAN e MPT), Chega, CDU, Bloco de Esquerda, Livre, ADN e Volt Portugal apresentam-se na corrida à Câmara Municipal de Faro. Oito candidaturas que apresentam propostas para enfrentar os desafios que moldam o presente e o futuro da capital algarvia. 

Com 70.347 habitantes, Faro é um dos concelhos que tem as casas mais caras do país, segundo a avaliação bancária 2.135 euros/m², e cujo rendimento dos trabalhadores por conta de outrem é mais baixo do que o valor nacional, 1375 euros por mês (menos 85 euros do que o valor nacional). 

Com este cenário, a habitação é um tema central nestas eleições, juntamente com o turismo, a gestão do espaço público, a mobilidade e a segurança.

Na habitação, a coligação liderada pelo PSD propõe a construção de 500 casas, o PS 1000 casas e o Chega defende o reaproveitamento de casas devolutas. Ideia que é bem vista também pela CDU que propõe programas a custos controlados e rendas condicionadas pelo movimento cooperativo, tal como o ADN que pretende reativar cooperativas existentes ou criar novas cooperativas a custos controlados e o Volt Portugal que propõe apoio às cooperativas e rendas acessíveis

O Livre quer aumentar o parque público de habitação em 10% e o Bloco de Esquerda pretende aumentar a oferta pública de habitação recorrendo a casas modulares.

Na gestão do espaço público as propostas dos candidatos não são totalmente opostas e refletem-se, entre outras coisas, numa manutenção regular dos espaços do concelho. Já na mobilidade os candidatos parecem priorizar o melhoramento da rede pública de transportes

Quanto à segurança a forma como se olha para o concelho parece ser distinta entre os diferentes partidos com o Chega e o ADN a defender que Faro é pouco seguro.

As propostas estão em cima da mesa, mas para já a decisão está em aberto.
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